A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) a maior operação do país de combate à pedofilia e pornografia infantil. A Operação Glasnost conta com cerca de 350 policiais federais investigando suspeitos nos estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal e Goiás. Além da ajuda do Federal Bureau of Investigation (FBI) para investigar brasileiros que moram nos Estados Unidos.

A investigação é realizada há dois anos e já identificou quase 100 suspeitos de envolvimento com a produção e compartilhamento de imagens de exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Ainda continuam sob investigação mais de 200 pessoas.

Entre os suspeitos, foram identificados policiais militares, um oficial da Aeronáutica, professores, chefe de grupo de escoteiros e um homem que abusava sexualmente da própria filha de cinco anos. Segundo a Polícia Federal, ao identificar os suspeitos são tomadas todas as medidas necessárias para interromper a continuação do crime.

Goiás
Só em Goiás, 13 policiais federais cumprem três mandatos de busca e apreensão, condução coercitiva e coleta de material genético em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Niquelândia. Todo o material coletado será encaminhado à perícia para identificar criminosos e produtores de pornografia infanto-juvenil.

Nome
“Glasnost” significa, em russo, “transparência”. O termo foi escolhido devido à maioria das pessoas investigadas utilizar de sites hospedeiros na Rússia para divulgação de fotos de menores e manter contato com outros pedófilos do mundo todo.