A tramitação do projeto que define a Reforma Administrativa no governo estadual está suspensa na Assembleia Legislativa, mesmo com a matéria pronta para ser apreciada em plenário. O motivo é que a presidência da Casa aguarda o envio de um projeto aditivo.

Esta nova parte é uma decisão do Palácio de manter a Agência Goiana de Esporte e Lazer (Agel), que seria extinta pelo projeto original. A base governista já realizou alterações no texto, através de duas emendas, que mantiveram quatro gerências e criação de nova diretoria.

De acordo com o presidente da Assembleia, Helder Valim (PSDB), foi feita a solicitação, houve a paralisação da tramitação e é aguardada, então, a chegada de um aditivo. “Eu não tenho conhecimento do teor desse aditivo. Se chegar a tempo de fazermos os trâmites normais novamente será votado. Não cabe à Casa opinar se será votado ou não”, explica.

Por outro lado, a oposição mantém as críticas ao projeto de Reforma e as mudanças prometidas pelo governo. O deputado Karlos Cabral (PT) não acredita que os cortes sejam colocados em prática pela administração. “O governo só fez isso para criar uma pauta positiva, que não se materializou na Assembleia com a busca do enxugamento da máquina. Nesta semana o secretário da Fazenda, José Taveira Rocha, disse que a reforma era tímida, ou seja, passou de um conto de fadas”, afirma.

Já o líder do Governo na Assembleia, Fábio Sousa (PSDB), garante que a Reforma Administrativa não será tímida e que o objetivo inicial, de cortar 3 mil cargos comissionados, será confirmado. “Haverá uma alteração significativa em relação à Agel. Extinguir 3 mil cargos comissionados, transformar três secretarias em apenas uma e reduzir dez secretarias extraordinárias em cinco não é timidez. O governo está fazendo o que pode”, diz.

A expectativa é de que o aditivo à Reforma seja enviado à Assembleia até à tarde desta quinta-feira (12).