O Vila Nova arrancou um empate ao melhor estilo Vilanova de ser, na noite de quarta-feira, pelo Campeonato Goiano. Um gol de muita categoria aos 46 minutos do segundo tempo feito pelo zagueiro Neto Gaúcho. Este até seria o tema do meu post desta quinta-feira. No entanto, o pronunciamento da diretoria, naturalmente, faz meu tema mudar… A CBF comunicou o clube colorado que o volante Robston havia sido pego no exame antidoping do jogo do dia 02/11/2013, no estádio Serra Dourada, Vila Nova 0x0 Sampaio Corrêa-MA, válido pela partida de ida da fase semifinal. Foi encontrada a substância benzoylecgonine, composto originado a partir do metabolismo da cocaína. Com base no Código Mundial Antidopagem, o atleta colorado poderá pegar até dois anos de suspensão por ser réu primário.
Robston chegou ao Vila Nova em julho de 2013 para disputa da Série C onde realizou 16 jogos como titular e marcou um gol. Desde o princípio, a sintonia entre o jogador, clube e torcida foi intensa. O clube precisava de um líder de peso, o jogador precisava de uma oportunidade para dar a volta por cima e a torcida buscava alguém que pudesse brigar pelo time dentro de campo, fora dele e até mesmo nos microfones. Isso tudo aconteceu e o resultado foi a classificação a Série B 2014.
Neste dia 06 de fevereiro veio a comunicação oficial por parte da diretoria que o volante Robston está suspenso preventivamente pelo STJD e afastado das atividades do clube. O jogador assumiu o erro. O clube garantiu total apoio (psicológico, jurídico e financeiro) ao jogador neste momento bastante complicado. Parabéns pela atitude da diretoria do Vila Nova. Não correu do tema. Se posicionou. Condenou a atitude do jogador, mas prometeu auxiliá-lo. Meus parabéns ao presidente Joas Abrantes.
A partir de agora, o cuidado é com o Carlos Robston Ludgero Júnior. Um profissional que desde que chegou ao estado de Goiás em 2006 chamou a atenção por seu futebol, vigor físico e claro, suas polêmicas entrevistas. Foi eleito melhor jogador do futebol goiano em 2010.
O problema dele não é isolado dentro do esporte nacional e goiano. Existem inúmeros casos que acabam sendo protegidos pela complexidade de combater o uso recreativo (o termo mais leve que encontrei para abordar tal tema). Carlos fez muito pelo Atlético, pelo Vila Nova, por nosso futebol. Este é um importante momento para que os torcedores se mobilizem para ajudá-lo e espero que esta via de ajuda seja uma via de mão dupla, onde ele também queira ser ajudado…
Sei que você sempre lê este espaço e algumas vezes me cobra de algumas opiniões. Então, tenha muita força, Sr. Carlos e esteja disposto a receber a ajuda de todos aqueles que te querem bem e sendo mais uma vez um exemplo positivo para os jovens atletas vilanovenses.