A instalação da Comissão Especial de Inquérito da Comurg na Câmara de Goiânia ainda é incerta. O autor do requerimento, Elias Vaz (PSB), conseguiu 10 assinaturas, das 12 necessárias e ainda quer contar com o apoio dos quatro membros do Bloco Moderado. O problema é que o grupo está dividido: Zander Fábio (PSL) e Paulo da Farmácia (PROS) são favoráveis à investigação, enquanto que Divino Rodrigues (PROS) e Bernardo do CAIS (PSC) não têm a intenção de assinar o requerimento.
A definição deve ser confirmada até a sessão da próxima terça e Divino Rodrigues explica que os colegas ainda discutem que decisão devem tomar. “A gente vai fazer mais uma reunião. Nós tentamos chegar a um denominador comum, mas o Ministério Público apresentou alguns fatos, onde pedia o afastamento do presidente da Comurg. Como já foi feito um trabalho pelo Ministério Público, e nós não queremos transformar a Câmara em um palanque, nós estamos discutindo até exaurir a questão. O bloco votará todo mundo junto, para ganhar ou para perder,” diz.
O autor do requerimento que quer criar a CEI da Comurg, Elias Vaz, acredita que os vereadores deveriam assinar pela instalação da Comissão, sob pena de se omitirem diante de crimes na Companhia. “Essa história de dizer que o Ministério Público já está investigando não dá. As coisas não funcionam assim. O MP, a polícia e a Câmara tem que investigar porque são pagos para isso. São instrumentos concorrentes. Não há nenhuma contradição se as instâncias que tem poder para investir. Se a Câmara não pode exercer o seu papel, então tem que ser fechada,” enfatiza.
O vereador Zander Fábio (PSL), ainda articula o desmembramento do bloco para esta definição. Ele quer assinar pela criação da CEI da Comurg, junto com Paulo da Farmácia.