Após três meses de sua apresentação no Goiás, o meia Carlos Alberto já não interessa mais a diretoria esmeraldina. Os dirigentes do time, que buscam novas alternativas para o planejamento do ano com os recentes fracassos no Goianão e na Copa do Brasil, já entraram em acordo que uma pequena reformar no elenco é necessária e, assim, algumas dispensas seriam feitas. Dentre elas a de Carlos Alberto, que foi tratado como aposta e não agradou.
Com quase 90 dias no clube, o meia acumulou cartões amarelos e vermelhos, alguns problemas internos e nenhuma resposta dentro de campo: poucos minutos atuando, nenhuma assistência e nenhum gol. Neste cenário, mesmo com o jogador relutando em deixar o Goiás, sua saída deve ser oficializada nas próximas horas e ambas as partes devem assinar da rescisão contratual do meia, que não jogava há oito meses, suspenso por ser pego no exame antidoping.
A notícia pegou todo mundo de surpresa, torcedores e imprensa, inclusive os companheiros de elenco, como revela o goleiro Renan: “Para nós também é uma surpresa muito grande, nada havia sido passado para a gente. Futebol é muito dinâmico, as coisas sempre acontecem rápido, para o lado positivo ou negativo. É um cara que poderia ter nos ajudado mais, e agora só nos resta desejar a ele boa sorte na sequência da sua carreira”, declara o goleiro.
Com pouco tempo de convivência, o goleiro evita fazer comparações ou julgamentos sobre o rendimento do meia, e vê a volta de Carlos Alberto aos gramados com cautela.“A situação dele é mais complicada, não é igual uma de um jogador qualquer. Ele vinha de um longo tempo de inatividade, isso torna bem diferente a busca por um bom rendimento, principalmente para suprir as expectativas que são colocadas sobre ele por tudo que ele fez na carreira e pela qualidade que tem, analisa.
Renan ainda comenta que o restante do elenco poderia ter auxiliado mais na tarefa de recuperar o meia: Nós do grupo também não conseguimos ajuda-lo, uma parcela dessa recuperação e de dar a ele novamente o ritmo de jogo passava por nós. Podíamos ter criado situações mais fáceis para desenvolver o jogo dele, entrando com o jogo já resolvido e podendo se soltar mais. Ele sempre entrou em momentos de apuro, de pressão. Acredito que se um jogador do grupo fracassou, todos nós fracassamos também. Não conseguíamos criar condições e ajudar para que ele rendesse tudo que era esperado”, opina.