Nesta segunda-feira, às dez da manhã, a executiva estadual do PMDB, terá uma reunião decisiva para saber se os delegados goianos do partido votarão a favor ou contra o alinhamento com o PT, consequentemente dando apoio a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Em Goiás foi dado prazo até ontem para que o PT recue na candidatura de Antônio Gomide, como explica o secretário geral do PMDB, deputado estadual Paulo Cesar Martins. “Eu sou contra a aliança com o PT há muitos anos. Nós temos que ter vergonha na cara e lançar um candidato a presidência da República. Agora, se o presidente Michel Temer está querendo um apoio dos delegados do PMDB, tem que ser reciproco. Eles também tem de ser,” opina.

Outra liderança do PMDB, o suplente de deputado estadual, Lívio Luciano, afirma que a colocação feita por Paulo César Martins é praticamente unânime no partido. “Este tem sido o pensamento da maioria dos delegados. Na segunda-feira vamos tirar uma reunião definitiva. Existe uma tendência que todos os delegados votem por um mesmo posicionamento,” revela.

O deputado estadual Mauro Rubem (PT), discorda da opinião dos peemedebistas. Ele lamenta que o PMDB coloque condições para apoiar a presidente Dilma Rousseff. “O PMDB precisa usar argumentos melhores para poder constituir a unidade. Agora tem uma coisa que é irreversível, que é a candidatura de Antônio Gomide,” garante.

Na semana passada, o vice-presidente da República, Michel Temer acertou a participação da presidente Dilma Rousseff na convenção nacional do PMDB, nesta terça-feira, e assegurou a ela que terá mais de 70% dos votos para aprovar a reedição da aliança com o PT nas eleições deste ano. Dissidentes peemedebistas moderados reconhecem, reservadamente, que hoje os governistas são maioria, mas contestam os números exibidos por Temer, afirmando que a votação será mais apertada. Os descontentes mais radicais, por sua vez, acreditam ainda ser possível implodir o apoio à reeleição e apostam nas traições propiciadas pela votação secreta.