Goiânia sedia entre os dias 13 e 15 de novembro o VII Congresso de Endocrinologia de Goiás, que reunirá médicos de todo o Brasil para discutir distúrbios e alterações hormonais. O evento será dividido em quatro temas este ano: tireoide, diabetes, pediatria e endocrinologia geral. Os convidados poderão participar de um total de 40 atividades, entre elas conferências, simpósios, painéis, workshops e debates.
Os endocrinologistas goianos, Dr. Sérgio Vencio e Dr. Mauro Scharf, do Laboratório Atalaia, estão entre os palestrantes do Congresso. Ambos falarão sobre a busca do equilíbrio do organismo por meio da interpretação correta de exames.
Dr. Sérgio Vencio abordará o glucagon, hormônio produzido pelo pâncreas, que faz o nível da glicose subir. “O controle da diabetes é feito de forma biohormonal, pela insulina e pelo glucagon. Cada caso deve ser considerado individualmente, pois alguns pacientes podem ter uma produção exagerada do glucagon”, reforça o palestrante do dia 14 (sexta-feira).
O médico ressaltará, também, a importância da interpretação adequada do perfil de secreção insulínica, teste realizado com o paciente alimentado. “É um tipo de curva glicêmica coletado em períodos depois que a pessoa come. Esse resultado pode auxiliar o especialista a escolher a medicação mais adequada”, destaca.
A participação do Dr. Mauro Scharf será com duas palestras, no sábado (15), sobre Cushing e Diabetes tipo 1. “Existem muitas armadilhas laboratoriais e clínicas na dosagem dos hormônios que diagnosticam a doença de Cushing e que podem dificultar a interpretação dos exames e o diagnóstico da doença. No caso da diabetes tipo 1 em crianças, os sintomas são bem difíceis de serem percebidos precocemente e o atraso no diagnóstico pode levar a uma situação dramática e com risco de morte”, explica.
O especialista comentará, ainda, as particularidades do controle do diabetes em crianças menores de cinco anos. “É muito importante pensar em um tratamento especializado, pois crianças precisam de doses muito pequenas de insulina e as terapias atuais não consideram isso”, finaliza.