No começo da tarde de hoje (28/01), o diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, concedeu entrevista à Rádio 730 para esclarecer a situação do zagueiro Artur, que não aparece no clube há dois dias, e que já entrou na justiça tentando se desvincular do time rubro-negro. “É uma questão muito constrangedora pra mim e para nós todos aqui do Atlético. Nós entendemos que foi uma situação ruim, que faltou ética, pelo relacionamento que nós temos com o Artur e com o próprio Jorge Moraes (empresário do atleta). É evidente que ele já deve ter proposta de algum outro clube. Ninguém toma uma atitude assim sem ter outro negócio”.

O diretor atleticano ressaltou que o clube sempre esteve aberto à diálogos, e que ficou decepcionado com a postura tanto do jogador quanto do seu empresário, que acionaram o time na justiça. “O Artur chegou aqui pra fazer teste, abrimos as portas do clube. E o jogador foi evoluindo, melhorando, mas essa forma de sair do clube, um time que o deu todas oportunidades e o respeitou, é muito negativa. Nada justifica, nos meus conceitos, essas atitudes”.

Questionado sobre as declarações do empresário, de que o Dragão deve ao jogador seis ou sete meses de FGTS, além de 13º salários de 2013 e 2014, Adson  preferiu não dar muitos detalhes. “Não poderei falar sobre isso. É uma estratégia de defesa que vai ser usada pelo departamento jurídico. Buscando preservar os direitos do clube”.

O diretor rubro-negro ressaltou ter certeza que o empresário Jorge Moraes tem influenciado o jogador. “É evidente. Ele é uma pessoa polida, é dono de clube também (Nova Iguaçu), então está ciente das dificuldades. Falaram de negociações, mas existiram foram propostas de empréstimo para Fluminense ou Flamengo, sem ônus. Eram situações em que o Atlético ficaria sem condição nenhuma de fazer algum investimento, não entraria nada de dinheiro”.

Adson Batista destacou que, apesar da situação caminhar para a esfera judicial, o Dragão estará de portas abertas para conversar, desde que seja procurado pelo defensor e seu empresário. “O Atlético sempre foi um clube muito correto, sempre tratando os profissionais da melhor forma possível. A instituição é muito maior que essa situação, que vai ser superada. E isso serve de estimulo para que a gente busque se resguardar cada vez mais. Infelizmente, as leis só protegem um dos lados e eu vejo o futebol caminhando para um momento muito difícil”.

Carioca, o zagueiro de 24 anos passou por Portuguesa, São Caetano, Náutico e União Mogi até chegar ao time goiano . Artur chegou ao Atlético em 2013 e, em julho do mesmo ano, teve seu contrato renovado até 2018. Agora tenta se desvincular do clube rubro-negro na justiça.