Na luta contra o rebaixamento na Série A e precisando sanear as contas do Goiás, o presidente Sérgio Rassi vem sendo o principal porta-voz do clube esmeraldino. Na última semana uma ótima notícia acabou virando uma grande decepção. O zagueiro Felipe Macedo, que seria vendido por R$ 10 milhões ao Mônaco, acabou retornando ao clube após divergências na negociação e detecção de fratura nos exames médico.

Sobre isso, o presidente falou com exclusividade ao repórter e apresentador Rafael Bessa, da Rádio 730. Confira as principais declarações do mandatário esmeraldino:

Porque a negociação entre Goiás e Mônaco envolvendo o zagueiro Felipe foi frustrada?

– Perdemos a oportunidade de fazer a negociação e o atleta de ir para um outro clube, mas por outro lado a boa notícia é que ele vai nos reforçar, já que seria muito difícil arrumar um jogador com as características do Felipe. Houve também um pequeno desencontro na parte de acerto financeiro, onde aquilo que foi combinado aqui antes, em Goiânia, ao chegar lá teve algumas diferenças que não concordávamos em relação a valores destinados a intermediários.

Em quanto tempo o jogador poderia se recuperar lá na França?

– Conversei com o ortopedista de lá e ele cogitou a possibilidade de fazer alguma cirurgia e colocar pinos. Não sou ortopedista, mas outro dia tivemos algo parecido com o Davi, que ficou em torno de um mês sem jogar. Mas enfim, não posso dar palpite nisso! Eles têm todo o direito de aprovar ou reprovar quem eles quiserem. Apenas me defendi dizendo que o atleta estava jogando todos os jogos e nunca nos relatou nenhuma dor. Nos últimos três anos, ele frequentou o departamento médico apenas por um dia, por conta de uma dor muscular. Mas nada que esteja relacionado com isso.

O que foi acordado aqui em Goiânia e quando chegou na França se mudou a conversa?

– Nós tínhamos chegados no meio termo. Eles queriam um valor muito além do que costumamos pagar em uma intermediação. Com muita negociação chegamos a um valor mais ou menos razoável e estava tudo caminhando bem. Mas veio a questão do exame médico que complicou tudo.

O intermediário que apresentou a proposta para o Goiás aqui em Goiânia foi o mesmo que mudou o discurso quando chegou na Europa?

– Não, ele era o mesmo. Mas chegando lá tinham outros. Por exemplo, o próprio Deco, aquele ex-jogador, era um empresário. O clube tinha uma participação também. Então no final das contas nós tínhamos três intermediários, aí fica ruim fazer uma negociação tendo que blindar várias pessoas com diferentes valores. Isso foge um pouco do que foi combinado.

Como o Goiás trabalhará psicologicamente com o Felipe Macedo para que ele não se abale com a frustrada negociação com o Mônaco?

– Isso é uma questão importante e eu me preocupo muito com isso. É um garoto de excelente astral que quando chegou lá ficou maravilhado com o que viu. Mônaco é uma cidade maravilhosa e ele teria uma série de coisas interessantes, tipo um salário bem maior do que ele recebe aqui. Já tinham falado que ele teria uma BMW e um apartamento, fora o salário. Tudo isso o-deixou bem chateado.

A partir do momento em que não vai entrar o recurso financeiro proveniente da venda do Felipe Macedo, termina a possiblidade de contratações de um lateral, um zagueiro e um meio-campista?

– Não, ela não termina. Um zagueiro até sim, pois ele voltando a jogar nós não precisaríamos de uma reposição. Quanto ao meia, essa é uma posição que ainda estamos carentes. Precisamos de um terceiro homem no meio campo e estamos atrás deste nome. Mas não é fácil, até pelas razões que vocês já sabem.

E sobre o volante Rodrigo, nesta semana o senhor pretende ter uma conversa com o jogador, juntamente com o diretor de futebol Harlei Menezes?

– Fiquei muito feliz com essa possibilidade. Quando nós tivemos uma conversa com os jogadores na semana passada, discutindo uma série de assuntos, comentei com o Rodrigo. Primeiro elogiando sua dedicação nos jogos, apesar da situação contratual indefinida conosco, mas ressaltando o seu empenho e a qualidade do seu futebol. Lamentei também não ter tido ainda uma oportunidade de eu, pessoalmente, conversar com ele. Nos dias seguintes o Harlei me disse que ele quer ter essa conversa, independente da ausência do empresário. Seria apenas eu, ele e o Harlei, como tivemos um tempo atrás com o Erik. A reunião será na terça-feira e estou muito animado, pois quem sabe consigamos demovê-lo dessa ideia de sair daqui no fim do ano.

Ouça na íntegra a entrevista do repórter e apresentador Rafael Bessa, com o presidente Sérgio Rassi:

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