A derrota para o Asa de Arapiraca, na última rodada da primeira fase, colocou o Tigrão frente à frente com a Portuguesa na fase das quartas-de-final da Série C. Esse é o último degrau que separa o Vila Nova da Série B. Porém, é um degrau com bastante camisa e que terá a vantagem de decidir o confronto em seus domínios, no Canindé, em São Paulo.

Como se enfrentam nas quartas, um time vai tirar do outro a vaga na Segunda Divisão de 2016. Comandante da Lusa, o técnico Estevam Soares, em entrevista exclusiva à Rádio 730 revela que é muito amigo de Márcio Fernandes, treinador do Vila, e que por isso preferia ter evitado esse confronto direto com o time goiano:

“De coração, não queria ter enfrentado o Vila agora. Sou muito amigo do Márcio (técnico), é um irmão para mim. Mas o destino tem dessas coisas, estamos frente a frente em um confronto direto e agora que cada um faça seu melhor”, declara Estevam.

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E o treinador aproveita para brincar também e provocar o próximo rival convocando a torcida esmeraldina para apoiar a Lusa: “À partir de agora sou Goiás desde criancinha (risos). Já tive uma passagem pelo Atlético quando jogador, então, vou contar com a força dos rivais para nos ajudar. Espero a torcida do Goiás no jogo aí no Serra Dourada”, brinca.

VILA X LUSA

Ao contrário do Vila Nova, que desde o início da Série C mostrou uma regularidade e passou grande parte do tempo entre os quatro classificados à próxima fase, chegando inclusive a garantir sua participação no mata-mata de forma antecipada, a Portuguesa viveu momentos delicados na competição e por pouco não se classificou. Conseguiu a retomada com a chegada de Estevam Soares, há três meses atrás, e nas duas últimas rodadas da fase inicial.

Até por isso, Estevem revela que ainda não teve tempo de estudar o Vila Nova e admite que desconhece o time colorado: “A verdade é que eu conheço muito pouco do Vila Nova ainda. Cheguei em uma situação desfavorável e concentrei todas as minhas forças e o meu trabalho para conseguir essa recuperação e classificação. Agora que conseguimos, vou começar a trabalhar em cima das quartas de final e estudar melhor o nosso rival”.

E o técnico finaliza destacando o equilíbrio entre os confrontos e diz que não tinha preferência de adversários. Antes do gol da vitória sobre o Vila, era o Asa de Arapiraca quem enfrentaria a Lusa:

“Pela logística e pela estrutura de estádio e qualidade do gramado, jogar em Goiânia sem dúvida que é muito melhor. Viagem mais curta e jogar no Serra Dourada, que é padrão de série A. Mas em campo, não tem como escolher, é tudo igual. Todo mundo se classificou e tem seus méritos. Em confrontos equiparados assim, o detalhe é que fará a diferença”, finaliza.