Claussio dos Santos Dimas, ou simplesmente Pituca. O nome de batismo não é muito familiar entre os torcedores do futebol goiano. O apelido, contudo, é bastante conhecido, especialmente pelas torcidas de Atlético e Goiás.
Com 37 anos e aposentado, o ex-volante esteve nos “Debates Esportivos” desta quinta-feira, 14, e relembrou os velhos tempos de jogador. Pituca comentou a atual situação do Dragão, falou da carreira e revelou que recebeu um convite do Goiânia para voltar aos campos.
Desempenho rubro-negro
Questionado sobre o ótimo momento vivido pelo Rubro-Negro no Campeonato Brasileiro, Pituca afirmou que ficou surpreso e acredita que a parte física tem sido primordial para o sucesso do clube na Segundona.
“Ninguém esperava a campanha que está fazendo pelo que a equipe fez no Campeonato Goiano. Com certeza se preparam bem fisicamente porque a Série B exige boa preparação física. A chegada do treinador organizou bem a equipe e ele fez com que os jogadores rendessem”, comentou.
Bons tempos… velhos tempos…
Pelo Dragão, o ex-volante disputou 166 partidas e venceu mais do que perdeu. Com a camisa rubro-negra, Pituca conquistou 67 vitórias, 36 empates e foi derrotado em 63 oportunidades. O ex-atleta também marcou dois gols pelo Atlético.
Saudoso, Pituca lembrou dos principais momentos da carreira e citou os elencos de 2007 e 2011 como os melhores do Dragão.
“Foi um dos melhores. Ficou na história. Em 2006 tínhamos muitos jogadores da base e, em 2007, nos reforçamos. O time de 2011 também era muito bom”, rememorou.
Também convidado dos “Debates Esportivos”, Robston, ex-parceiro de Pituca, concorda.Para ele, os atletas daquela temporada viveram o apogeu da trajetória no futebol.
“Em 2007 vivemos o auge da carreira. A gente conseguiu ganhar o título em cima de um dos maiores times que o Goiás teve e após 19 anos de jejum.Tínhamos um time bastante competitivo, tanto no meio, como atrás, na frente. Era um time de respeito”, salientou o atleta do Vila Nova.
Durante a participação no programa, Robston também lembrou da parceria com Pituca no meio-campo do Atlético e admitiu que, atualmente, seria difícil reeditar a dupla que fez sucesso anos atrás.
“O futebol hoje é muito dinâmico e queira ou não queira a idade chegou para nós dois. Eu acho que para jogarmos do nível que jogamos de 2006 até 2010 no Atlético seria difícil. Hoje seria complicado da gente jogar, mas com, jogadores mais novos, conseguiríamos sim” , avaliou Robston.
Passagem pelo Goiás
Em 2008, o rival Goiás contratou Pituca, um dos algozes do Alviverde na época. Pelo Esmeraldino, no entanto, o volante teve passagem apagada. Com a camisa do Verdão, ele disputou apenas nove partidas, perdendo quatro vezes, empatando três e vencendo apenas duas. Pituca não anotou nenhuma vez pelo clube.
Questionado sobre os motivos pelos quais não repetiu o sucesso do Dragão, Pituca revelou que, com a chegada de Hélio dos Anjos, perdeu espaço e não teve tempo de mostrar seu futebol.
“Eu fui titular com o Vadão quando cheguei e depois que trocou o comando eu fiquei afastado. Não me falaram o motivo e também não perguntei”, frisou.
Apesar da rivalidade ardente entre Goiás e Atlético, Pituca conta que foi bem recebido pelo elenco do Esmeraldino na época.
“No primeiro momento sim. A gente sabe que quando vem de um clube da mesma cidade,às vezes o pessoal fica meio assim, ainda mais pela rivalidade. Mas fui recebido de maneira tranquila por todos lá”, revelou.
Convite do Galo Carijó
Sem jogar desde o ano passado, quando atuou pelo CRAC, Pituca revela que foi convidado pelo Goiânia para vestir a camisa alvinegra durante o Campeonato Goiano da Divisão de Acesso, mas ressalta que o clube não formalizou proposta.
“Me fizeram o convite, mas não chegou nenhuma proposta oficial. Só perguntaram se eu aceitaria jogar pelo Goiânia na Segunda Divisão e falei que esperaria a proposta deles. Eles não fizeram e também não procurei”, afirmou.
Por fim, Pituca fez uma avaliação da campanha dos três clubes goianos no Brasileiro. O ex-atleta afirmou que o campeonato estadual engana e mostrou desapontamento com o desempenho do Goiás.
“O Atlético não começou bem o Goiano e agora está bem no Brasileiro. O Vila vem com aquele embalo do acesso. Quando um time sobe da terceira para a segunda, vem embalado e a tendência é até brigar lá em cima. A maior decepção é o Goiás pela estrutura e a parte financeira que tem”, avaliou.