O treinador da Seleção Brasileira Olímpica de futebol, Rogério Micale, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, 19, para falar sobre a preparação do time canarinho para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Na convocação inicial, Micale havia chamado Douglas Costa, do Bayern de Munique e Fred, do Shakhtar Donetsk. A dupla, no entanto, teve problemas e não se apresentou. Enquanto o meia do time alemão não se recuperou de lesão, o volante não obteve liberação da equipe ucraniana.
Na vaga de Costa e Fred, o treinador olímpico convocou o meia Renato Augusto, ex-Corinthians e atualmente no Beijing Guoan, da China, e Walace, do Grêmio. Questionado se a inclusão da dupla muda o modelo tático imaginado, Rogério Micale foi direto.
“Não afetam. São dois nomes monitorados. O Walace participou de toda nossa preparação, o Renato é um jogador que a gente já conhece a característica. Tem versatilidade muito grande e várias funções dentro de campo. Dentro do imprevisto que aconteceu, concluímos que eles seriam os melhores nomes. As substituições não vão interferir no modelo de jogo”, afirmou.
Pressão
Nos Jogos do Rio, o Brasil busca sua primeiro ouro olímpico. Em casa, certamente a pressão pelo título será enorme. O treinador considera a cobrança um aspecto da cultura brasileira e ressalta a necessidade de administrar as emoções.
“É cultural, característica da nossa sociedade. Temos que saber nos adaptar bem a isso. Sabemos que todos querem ganhar, mas só um vai chegar. A margem de erro é mínima. Encaramos como um grande desafio, grande responsabilidade. Precisamos de muito equilíbrio e controle emocional”, frisou.
Plano de jogo
No futebol moderno, os treinadores inovam e utilizam vários esquemas táticos. Na Seleção Olímpica, Micale não garante qual será a formação, mas dá algumas pistas sobre o plano de jogo que deseja implantar.
“Eu tenho uma ideia inicial. Venho trabalhando no 4-2-3-1, mas existe a possibilidade de mudança. Pode ir para o 4-1-4-1, no momento ofensivo trabalho com o 4-2-4 e o 4-3-3. Vai depender do momento do jogo, da leitura. Parto do princípio de que a Seleção tem jogadores acima da média de cognição. A assimilação vai ser rápida, pois são jogadores de alto nível”, revelou.