As empresas consideradas como grandes geradoras de resíduos já começaram a se adequar às novas regras para a coleta de lixo em Goiânia. A mudança no serviço passou a valer na última quinta-feira (14), em cumprimento à Lei nº 9.498, de 19 de novembro de 2014.

O objetivo é a redução de 40% no volume de lixo que é descartado nos aterros sanitários da capital, número correspondente à quantidade de dejetos produzida pelas grandes companhias.

De acordo com o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Edilberto Dias, até esta terça-feira (19), mais de 100 dos cerca de 600 grandes geradores notificados via e-mail com as novas regras já comunicaram a contratação de empresas terceirizadas para realizar a coleta.

Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}Podcasts/2016/julho/19/edilberto_dias_meio_ambiente{/mp3}

“Parte dos grandes geradores já se adequaram à nova lei. 138 dos maiores grandes geradores já solicitaram que a Comurg deixe de fazer a coleta e já contrataram empresas. Estamos trabalhando com todos os segmentos e abertos ao diálogo. Essa lei não tem caráter arrecadatório, ela tem um caráter verde, sustentável”, ressalta.

Dias argumenta ainda que Goiânia está entre as maiores produtoras de lixo do país, e que cada morador produz, em média, 1,5 kg de resíduos por dia. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital possui mais de 1,4 milhão de habitantes.

Apesar disso, as novas regras não abrangem os chamados pequenos geradores, que corresponde à população atendida pela coleta convencional em domicílios e residência, incluindo condomínios verticais. Dias destaca que há exceções.

“Não vamos cobrar de condomínios do programa Minha Casa Minha Vida, nem de condomínios geminados, a população não precisa se preocupar. Goiânia só tem 20 condomínios que nós vamos cobrar, aqueles que têm a concessão de uso do solo. São aqueles que são os verdadeiros setores que foram murados, fechados, que se transformaram em uma empresa só”, afirma.

O presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Nelson Antonino Alexandrino Lima, diz que apoia as novas regras da coleta e critica o modos como alguns estabelecimentos destinam o lixo produzido diariamente. “O problema é não dar a destinação correta. As empresas terão que se adequar às novas regras da prefeitura”, pondera.

Edilberto Dias salienta que o valor cobrado pelas terceirizadas para a coleta e destinação dos resíduos é de R$ 108 por tonelada. Se o grande gerador optar por manter a Comurg como responsável pela coleta, pagará ao órgão o valor de R$ 323 por tonelada de lixo.