Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (12), o advogado da Clínica do Esporte, Cássio de Oliveira, prestou esclarecimentos sobre o desmoronamento ocorrido na quarta-feira (10),  em uma obra no terreno situado ao lado da Clínica, na rua 124, Setor Sul, em Goiânia.

O soterramento causou a morte dos operários Carlito Francisco dos Santos e Wender César de Oliveira, que trabalhavam na obra há menos de uma semana. De acordo com o advogado da empresa, desde o momento do acidente a Clínica tomou as providências necessárias para evitar novos desmoronamentos. “O trabalho de perícia particular foi realizado desde o primeiro momento para que fossem apontadas as causas. É claro que a perícia é paralela até porque o Conselho Regional de Engenharia e outros órgãos também realizarão perícias.”

Carlito Santos, veio do Piauí para trabalhar em Goiânia, era casado e pai de cinco filhos. Wender Oliveira também era casado e pai de seis filhos. Os dois eram amigos há mais de dez anos e foram enterrados no mesmo cemitério, um ao lado do outro, conforme o desejo das famílias.

Ainda de acordo com o advogado Cássio de Oliveira, a entidade prestou assistência aos familiares das vítimas. “Desde o primeiro momento a primeira preocupação foi a assistência aos familiares. A todo momento a empresa tem tratado o caso de forma proativa. Duas psicólogas já foram contratadas para acompanhar as famílias.”

Segundo o secretário municipal de Planejamento Urbanismo e Habitação de Goiânia, Sebastião Ferreira Leite, a obra estava irregular, pois a construção não possuía os alvarás necessários. Sobre as irregularidades, o advogado não soube precisar se a Clínica tinha conhecimento da falta dos alvarás. “A Clínica tem o objetivo de prestar serviços médicos e por isso contratou serviços terceirizados para a construção desse outro prédio. É importante ressaltar que a existência ou não do alvará em nada interfere quanto a questão da fatalidade que aconteceu.”

*Com informações do repórter Jerônimo Junio