Quando Tite assumiu o cargo de técnico, a Seleção estava em sexto lugar, com apenas seis pontos conquistados e, com aquela colocação, ficaria fora do Mundial de 2018. Depois de quatro jogos e 100% de aproveitamento sob o comando do treinador, o Brasil chegou à liderança das eliminatórias sul-americanas após a vitória por 2 a 0 sobre a Venezuela.

Em Mérida, a Rádio 730, uma das três emissoras radiofônicas presentes, além de Gaúcha e Itatiaia, ouviu Tite. O treinador rejeitou o status de ‘salvador da pátria’ e dividiu os méritos do excelente momento do Brasil, inclusive elogiando-os pela superação em território venezuelano.

“Eu não peguei nem refiz nada. Quem fez foi o grupo todo. É uma responsabilidade muito grande quando se individualiza. Eu já passei da idade de receber elogios e individualizar situações que são coletivas. Falei para os atletas arrebentarem nos seus clubes. Estou repetindo o padrão, porque é dessa forma que conseguimos ter um futebol consistente, de qualidade. Mesmo com uma adversidade de campo muito grande, com o gramado molhado e um adversário com peças muito boas”, afirmou.

O próximo confronto brasileiro é contra a Argentina, no dia 10 de novembro. Falta um mês para o clássico, mas a torcida já começa a pensar no grande duelo do futebol sul-americano. Em contrapartida, Tite prefere ressaltar a vitória diante da Venezuela.

“Eu não tenho condição de projetar nada. Eu estava projetando esse jogo, a necessidade desse resultado, a busca de desempenho em condições adversas. Tivemos adversidades muito grandes. É o ritmo, o estado do gramado, o enfrentamento, com um nível de competitividade alto. É a luta pela classificação, que está em um processo, mas ainda buscando. Não é porque estamos em primeiro que está assegurado. Dá confiança? Dá. Foi consistente? Foi. Mas foi dado só mais um passo”, pondera.