Campeão da Série B com 10 pontos de vantagem para segundo colocado, 23 para o Vila Nova e 26 para o Goiás, o Atlético começou a sentir, no seu elenco, o sucesso do clube na competição nacional. Nomes como Romário, Matheus Ribeiro, Michel, Pedro Bambu e Magno Cruz não renovaram com o Dragão e não farão parte do plantel rubro-negro em 2017. No entanto, o diretor de futebol Adson Batista mantém a tranquilidade nos assuntos renovações e contratações, mas garante que segue trabalhando firme para reposição no elenco atleticano.
O dirigente participou, no último dia 9, do programa Debates Esportivos, da Rádio 730, onde explicou sobre as reposições no elenco atleticano, confirmou o número de jogadores que já estão acertados com o clube rubro-negro e muito mais. Confira a entrevista com o diretor de futebol Adson Batista.
Qual a sua dica para Goiás e Vila Nova?
– Cada clube tem uma característica, cada gestor que for montar seus respectivo time deve saber o perfil que o clube exige. O Goiás é um time completamente diferente do Atlético e do Vila. Particularmente acho que o Vila Nova precisa fazer de tudo para manter a base. Já o Goiás pelo investimento que fez, é até ruim falar sobre isso, mas penso que eles precisam buscar outra alternativa com jogadores que conhecem as competições que vão jogar.
E o Atlético, qual será o perfil do elenco em 2017?
– Na Série A o Atlético será um time pequeno, mas que precisa saber a própria realidade. Precisamos ter ousadia. Nosso perfil será de montar uma equipe dentro da nossa realidade financeira, mas que tenha coragem, que jogue com intensidade e continue forte em jogos como mandante.
A realidade do Atlético é Série A, a pedida dos jogadores muda com esse status?
– O discurso de problema que a Série B possui não faz efeito na Série A. Evidente que nosso orçamento em comparação com outros clubes é bem menor, mas não vou ficar lamentando por isso. Nós desejamos e lutamos por isso. No entanto, não vamos mudar nossa característica. Vamos manter os pés no chão, construir uma equipe com valor menor de investimento, mas com o mesmo perfil de jogadores. Não vamos ter atletas em fim de carreira. O Atlético busca jogadores guerreiros, que possuem qualidade, mas ressaltando que no conjunto consigam jogar com a mesma força.
Existem jogadores que atuaram na Série B 2016 que podem jogar no Atlético na Série A?
– Não tenho dúvida que sim, lógico que precisamos buscar jogadores que conhecem as competições que vamos jogar. Pode anotar, lá para quarta ou quinta rodada o time já vai estar acostumado com o estilo da Série A. Tenho certeza que vamos ter um time competitivo.
O zagueiro Everton está acerto com o Atlético?
– É uma negociação que está bem avançada. Acompanhamos ele várias vezes, é um zagueiro rápido, canhoto, com muita qualidade em baixo e em cima, mas não assinamos ainda.
Quantos jogadores estão acertados com vocês?
– Dois laterais direito, dois zagueiros (incluindo o Ricardo Silva), um lateral esquerdo, dois volantes, um meia e dois atacantes.
Vocês receberam quanto pela ‘venda’ do Michel?
– Nada. Ganhamos apenas o bom trabalho que ele fez na Série B. Acabou o empréstimo e o jogador não quis escutar nossa proposta, apesar de ser um cara muito profissional. Não tivemos a oportunidade de discutir sobre uma renovação.
E o Bambu?
– Tivemos algumas reuniões, mas o jogador desejou uma valorização que o Atlético não pode dar neste momento. Ofereci cerca de R$ 50 mil por mês e uma luva, essa foi a verdade e não posso sair disso. O atleta teve um aumento de 100%. Ele tem a característica da nossa equipe, mas está com um pensamento diferente.
Você acha que o Bambu tem emocional preparado para ser questionado no Goiás?
– Não gosto de falar sobre isso, mas pelo perfil dele acho que ele terá um pouco de dificuldade no quesito cobrança. O jogador para ter uma margem de erro precisa conquistar títulos, ter um bom ambiente que é conquistado com adaptação. E justamente se adaptar que é o ponto chave, ela demora para ser conquistada.
Você chegou a negociar com jogadores de Goiás e Vila Nova?
– Não tive nenhuma negociação. O Goiás, por exemplo, tem jogadores que são interessantes. Porém, o cara é novo, está jogando muito e não vai sair (Léo Sena). O Vila Nova tinha dois ou três jogadores interessantes, mas não vejo com perfis das competições que vamos disputar. Estamos buscando situações diferentes.
Jogadores sul-americanos, não brasileiros, interessam?
– Sempre observo, o problema é que o clube precisa melhorar nesta sondagem. O Atlético não tem uma estrutura, ainda, de colocar um observador andando na América do Sul. Clubes grandes tem esse observador e às vezes, mesmo tendo muita coisa boa, deixa passar.
O Marcelo Cabo opina nas contratações?
– Sempre discuto com ele. O Marcelo é um cara muito gente, do bem. Não tenho preocupação em relação a isso, preciso dar um time capaz, em um ano de muita exigência, para ele.
Qual será o valor dos direitos de transmissão que a Rede Globo vai disponibilizar ao Atlético?
– Essa questão ainda está sendo discutida, o Jovair Arantes está mais à frente das negociações, na quinta-feira (8) fomos tratar de um adiantamento para quitar o restante da premiação da Série B para os atletas, esse grupo merece. O Atlético vai receber igual o Avaí, por exemplo, em torno de R$ 20 milhões.
O Atlético é um time cascudo que pode pensar grande na Série A?
– Tenho um discurso de ter pé no chão. Em qualquer setor da vida, a soberba não leva a pessoa a lugar nenhum. O Atlético precisa manter o discurso de simplicidade. Precisamos conhecer a competição, o futebol não é simples, mas temos um base.
A ascensão da Chapecoense serve de exemplo para o Atlético?
– Tudo que for positivo serve para nós, mas temos que focar no nosso perfil, na nossa forma de ser e jogar. O Atlético precisa sonhar com tudo, não podemos ficar com síndrome de pequeno. O primeiro objetivo será de se adaptar novamente a jogar a Série A.
da Série B com 10 pontos de vantagem para segundo colocado, 23 para o Vila Nova e 26 para o Goiás, o Atlético começou a sentir, no seu elenco, o sucesso do clube na competição nacional. Nomes como Romário, Matheus Ribeiro, Michel, Pedro Bambu e Magno Cruz não renovaram com o Dragão e não farão parte do plantel rubro-negro em 2017. No entanto, o diretor de futebol Adson Batista mantém a tranquilidade nos assuntos renovações e contratações, mas garante que segue trabalhando firme para reposição no elenco atleticano.