O governador Marconi Perillo (PSDB) concedeu entrevista ao repórter Cassim Zaidem, do programa Avança Goiás, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, onde fez um balanço da economia no Estado e as projeções para os anos seguintes.
Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}Podcasts/2016/dezembro/20/marconibalanco{/mp3}
“São dois anos seguidos muito ruins, 2015 e 2016. Foram os piores anos para o Brasil em termos de economia. Dois anos seguidos de recessão que resultaram em um PIB negativo de quase 8%, quase 20 milhões de pessoas desempregadas ou subempregadas; e também em uma situação de muitas dificuldades para o governo federal, Estados e municípios, porque à medida em que a economia andou para trás, os governos arrecadaram menos impostos, o comércio vendeu menos e, consequentemente, teve que mandar pessoas para rua”
O governador ressaltou que, apesar do momento de delicadeza econômica, benefícios sociais do governo estadual direcionados para as famílias, idosos, pessoas com deficiência e estudantes por meio do Programa Bolsa Universitária da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) foram mantidos.
“Paramos parcialmente os investimentos em obras, mantivemos os benefícios sociais para a população como o Restaurante Cidadão, o Bolsa Universitária, o Passe-Livre Estudantil, os benefícios da OVG, o Cheque Moradia, os benefícios para idosos e deficientes físicos”, destaca.
O governador falou sobre as novas medidas do governo federal em relação à reforma da Previdência Social “Coisa mais triste é a pessoa trabalhar 30 ou 40 anos, se aposentar e depois não receber os seus salários. As pessoas quando chegam em uma idade mais avançada necessitam de dinheiro para remédio, para comida e para transporte”, reitera.
Marconi frisou a questão da privatização da Celg. A companhia de energia elétrica foi vendida no final do mês de novembro para uma empresa italiana por R$ 2,1 bilhões. De acordo com o governador, parte dos recursos serão disponibilizados para manter em dia os vencimentos dos servidores, além de outras obras junto às prefeituras por meio de convênios com os municípios.
“Deve entrar mais ou menor R$ 1 bilhão para os cofres públicos. Nós já estamos planejando em que obras importantes alocar esse dinheiro. Também teremos recursos de outras fontes que vão ser destinados a convênios com os prefeitos que foram eleitos agora para que eles realizem obras, que são de responsabilidade das prefeituras, com ajuda do governo do Estado”, argumenta.
A companhia italiana deverá investir até 2019 cerca de R$ 3 bilhões para a qualidade da geração e energia em Goiás. Para 2017, o governo estadual prevê cerca de R$ 2 bilhões em investimentos para a retomada do crescimento e geração de empregos. Para tanto, o governo espera cumprir as medidas do Plano de Austeridade, que prevê cortes de gastos como base do acordo feito com o governo federal para conter a crise. Segundo Marconi, o plano é necessário para manter o Estado funcionando.
“É um programa estruturante que tem como objetivo garantir não só a tranquilidade financeira nos meus próximos dois anos que restam, mas também ao próximos governadores condições de manterem o Estado funcionando com condições de fazerem investimentos em obras e serviços essenciais para o povo”, esclarece.