O deputado federal Jovair Arantes (PTB) concedeu nesta quarta-feira (31) uma entrevista exclusiva à Rádio 730, na qual fez uma avaliação sobre a viabilidade da permanência do presidente Michel Temer (PMDB) no cargo.
Ao fazer uma análise de conjuntura sobre uma possível saída de Temer, Jovair Arantes – que é ex- relator da comissão especial do impeachment de Dilma Rousseff – disse que a gravação apresentada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista – donos do frigorífico JBS – não representa uma prova de que Michel Temer tenha cometido crime de responsabilidade. “Com relação ao impeachment (de Temer), essa ruptura não convém neste momento para o Brasil. Estamos em um momento de incertezas. O caso de Temer não é mais grave do que de Dilma. Por enquanto o que mostraram foi uma gravação clandestina que é absolutamente questionável”, argumenta Arantes.
Ainda de acordo com o deputado federal, apesar da instabilidade política, Temer não perdeu em governabilidade. “O Senado e a Câmara estão funcionando. O Brasil é um paciente que está precisando de cuidados especiais. Se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de fato cassar a chapa Dilma-Temer, eu acredito que essa ruptura será muito ruim para o país. Eu acho que é hora de colocar panos quentes”, afirma.
Eleições 2018
Atualmente – além de deputado federal – Jovair Arantes é líder do PTB na Câmara. A legenda integra a base do governador do estado, Marconi Perillo (PSDB).
Até o momento, os nomes dos políticos que concorrerão pela base nas eleições de 2018 ainda não foram definidos. São duas vagas disponíveis para candidatos ao senado e uma para governador. Em março deste ano, em declaração feita durante um evento do Partido Progressista (PP), Marconi deu indícios de que poderá se candidatar ao senado e indicar o senador Wilder Morais (PP) para a outra vaga.
A declaração do governador deixou parte da base insatisfeita. Jovair – que é um antigo aliado de Marconi Perillo – asseverou que o PTB decidirá se permanece ou se sai da base até maio do ano que vem. “O PTB não abrirá mão de uma participação na chapa majoritária. O PTB sempre apoiou e nunca teve esse retorno. Agora chegou a hora do PTB. Nós temos um patrimônio político muito interessante, governamos cidades que somam aproximadamente 2 milhões de votos”.
Confira a entrevista na íntegra:
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