Um infarto fulminante do miocárdio foi o que provocou a morte do ex-prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), aos 58 anos, na madrugada deste domingo (30), por volta das 4h da manhã, no apartamento em que ele morava, no Setor Bueno.
Durante o velório do ex-político e neurocirurgião, o presidente do Goiás Esporte Clube, Sérgio Rassi, enalteceu a figura do ex-prefeito. Paulo Garcia era cunhado de Rassi. Para o gestor esmeraldino, que também é médico cardiologista, o estresse da vida pública pode ter sido um fator determinante para o falecimento do petista.
“É uma perda muito grande para todos nós, principalmente no âmbito pessoal. Era uma pessoa com quem eu gozava de sua amizade, por quem eu tinha grande respeito e admiração. Acho que a vida pública implica em muito estresse, e isso eu posso falar como cardiologista, acaba sendo um dos elementos mais marcantes para a gênese ou para o desencadeamento desta doença”, afirma.
Na última quarta-feira (26), um acidente no brinquedo Twister deixou 11 pessoas feridas no Mutirama, no Centro de Goiânia. O parque foi reformado e recebeu novos brinquedos durante a gestão de Paulo Garcia na prefeitura da Capital. Para Sérgio Rassi, no entanto, a responsabilidade sobre local não pode ser atribuída somente ao ex-prefeito.
“Acho que é uma coisa acumulativa, não só o Mutirama. Isso, obviamente, não é responsabilidade direta dele. Quando se tem uma situação de governança você cria elementos em cada área, que desempenha sua função. É muito difícil para um prefeito estar pessoalmente administrando todos os segmentos da sua gestão. Então eu não acredito que tenha sido só isso, mas um acúmulo de situações de estresse a vida pública implica”, pontua.
Sérgio Rassi, além de cunhado, reafirma a amizade pelo ex-prefeito. O dirigente esmeraldino ressalta ainda a qualidade, na opinião dele, que mais pode ser atribuída a Paulo Garcia.
“Uma pessoa com honestidade ilibada, isso eu posso falar porque conheço toda a sua família, seus pais, sua mãe que é juíza, o meu cunhado José Garcia, que é diretor do Hospital das Clínicas. Essa é uma família que se prima e se direciona pela honestidade e pela correção. Infelizmente essas virtudes, apenas, não são suficientes para uma gestão coroada de êxito. O Paulo teve vários problemas na sua administração. Se fosse para mencionar uma qualidade seria a honestidade, retidão, os seus princípios. A família toda se dirige às custas dessas qualidades”, conclui.