Termina uma campanha, começa outra. A realidade é esta.
As conversas de bastidores em Goiás apontam principalmente para a disputa na Capital. É o assunto que movimenta o mercado eleitoral.
Iris Rezende (PMDB) de novo? Jayme Rincón (PSDB) vem aí? O PT faz o sucessor? Vanderlan Cardoso (PSB) vai encarar?
Condenar esse tipo de conversa é negar a essência da política. E política está no ar que respiramos, em todos os momentos que abrimos os olhos. O Natal é política de mercado.
Nada mais natalino que a política com a família, os amigos, os colegas de trabalho – almoço com a mãe, jantar com a sogra, confraternização aqui e ali. E assim por diante.
A etiqueta da hipocrisia é que ensina dizer que agora não é hora de falar sobre isso, é hora de administrar, mal saímos de um eleição etc. etc.
A hipocrisia ou a estratégia… política. Ou ambos. O jogo é pra valer. Quem não joga não sai da torcida.
O governo estadual está sendo remontado dentro da lógica eleitoral deste ano e dos anos vindouros. Ou alguém acredita que o governador Marconi Perillo (PSDB) nunca mais vai disputar mandato?
Regra básica do pragmatismo político: todo agente que se move nesse mundo tem um pensamento na nomeação de hoje, outro na mágoa de amanhã, mais outro na eleição de 2016 – na de 2018 também. Tem até que já faça planos para 2022.
Governo nenhum se sustenta com política de menos e técnico demais. Não há ação administrativa sem reação política. Logo, é isso ou tropeço.
A Prefeitura de Goiânia peca pela falta de política. Semana passada o prefeito Paulo Garcia (PT) e o governador se encontraram em clima de paz. Isso não é política?
Enquanto os inocentes sonham com um mundo menos político, ou que tenha menos políticos, ou que dê um tempo para as guerras eleitorais, a política faz a roda girar.
O mundo não para. A política move o mundo.
É a vida.