A música do Blitz em nada tem a ver com o momento que vive o Vila Nova Futebol Clube. Diante de um público espetacular e uma festa bonita por parte da cidade, o Goianésia conquistou mais uma vitória no Goianão e se garantiu na próxima fase da competição. Já o Vila Nova, coube-lhe explicar mais uma derrota e o abraço mais apertado e tão rejeitado do fantasma do rebaixamento após os péssimos resultados da 16ª rodada. O Azulão com quatro pontos de vantagem deve confirmar a vice liderança no próximo final de semana, em casa, contra o Itumbiara. Já o Tigre, faz o duelo de vida ou morte, em Catalão, contra o Crac.
Dentro de campo, o time demonstrou muita disposição e empenho – fatores que fizeram com que a partida ficasse equilibrada e bastante veloz. O surgimento dos gols aliado a respostas rápidas tornaram o primeiro tempo bastante emocionante. Na etapa final, com mais cadência e cautela, as duas equipes não produziram o mesmo volume. Paulo César aproveitou o cruzamento para selar o placar de 3 a 2.
Mesmo diante de um momento de destruição em massa, o Vila Nova consegue produzir esperanças. Mais uma vez, o garoto Arthur, mesmo improvisado, teve atuação digna de elogios. Não se escondeu e fez melhores cruzamentos que todos os laterais já que vestiram a camisa do time em 2013. Alan e Cláudio também foram jogadores que se destacaram. O primeiro pela calma na concretização do gol. O segundo pela força, disposição, fôlego e entrega. Hermógenes Neto está conseguindo montar uma espinha dorsal com os garotos da base. Vale reconhecer também que Diego Barboza foi um articulador voluntarioso e as melhores chances passaram pelos seus pés.
A defesa, mais uma vez, fará com que cabelos brancos apareçam na cabeça do treinador. Sofreu três gols, pelo menos dois foram de vacilos individuais – o vencedor da tarde foi o garoto Victor Sallinas, demorou a se acertar no jogo. Não foi soberano como planejado nas bolas aéreas e falhou feio no segundo gol do time da casa. Entrou na vaga de Rafael que reclamou de dores no joelho e nem foi relacionado.
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Com o crescimento do medo de rebaixamento, o torcedor vilanovense se apega a qualquer elemento que lhe dê esperança de fugir de um fim trágico neste campeonato estadual. Além do Vila Nova, Anápolis, Rio Verde e Crac estão na briga. O time da capital, entre os concorrentes, será o único com confrontos diretos nesta reta final.
– Anápolis – 19 pontos – enfrenta o Atlético (casa) e Aparecidense (fora)
– Rio Verde – 18 pontos – enfrenta a Aparecidense (casa) e Vila Nova (fora)
– Vila Nova – 17 pontos – enfrenta o Crac (fora) e Rio Verde (casa)
– Crac – 17 pontos – enfrenta o Vila Nova (casa) e Grêmio Anápolis (fora)
O fato de enfrentar os concorrentes diretos dramatiza ainda mais a situação da equipe. O próximo confronto ganha contornos de tensão e drama. Se o Tigre perder o jogo aliado a vitórias de seus concorrentes, o saldo de gols será o critério de desempate na última rodada. Não perdendo, a situação ficará ainda sob dependência das próprias forças.
NEM MORAL – Ao longo da semana, Hermógenes Neto chamou atenção para as bolas aéreas do Goianésia. Falou, falou, falou e o primeiro gol do jogo saiu no primeiro ataque do time da casa após cobrança de escanteio. 9 gols de cabeça em 24 no total.
CASA QUASE PRONTA – O presidente do Azulão, Carmo Cirino, garantiu que as arquibancadas estarão prontas para a semifinal. Já são 5100 lugares – nos próximos dias, mais 900 serão implantados para atender o artigo 14 do regulamento geral da competição – limite mínimo de 6 mil torcedores sentados.
TAPETE – Embora o zagueiro Victor Sallinas tenha justificado a falha numa possível irregularidade do gramado, o estádio Valdeir José de Oliveira está com um gramado impecável. Bem diferente do que veremos no próximo domingo em Catalão.
ESTOU NA ÁREA 1 – Ainda no gramado, o meia Romerito lamentou o momento vivido pelo Vila Nova e garantiu que estaria disposto a vestir a camisa colorada antes de encerrar a carreira no final do ano. Disposição e força, demonstrou ter de sobra. Vale a tentativa.
ESTOU NA ÁREA 2 – Artilheiro do Goianésia com sete gols, Nonato sempre vem tendo seu nome especulado no Vila Nova. A forma rechonchuda tem atrapalhado a atual diretoria ver o grande atacante que é. Estar na briga da artilharia por Trindade, Rio Verde e Goianésia nos últimos três anos apresentam números que falam por si. Foi mais um a se colocar a disposição.
SEM CONTATO – O lateral Paulo Cesar esteve na mira da diretoria vilanovense para reforçar o grupo para a disputa da Série C do Brasileiro. O jogador nega que houve contato. Anderson Paim é a bola da vez para o setor.
AGORA NÃO – Após a saída de Darío Pereyra, o presidente Marcos Martinez estuda alguns nomes para assumir a equipe. Henry Lauar chegou a ser sondado. O treinador confirmou a procura e revelou o desejo de concluir o trabalho no Goianésia. Vem fazendo um grande trabalho em 2013, no entanto o fato de ser sócio-proprietário do Goiás (fato confirmado por ele) desanimou alguns conselheiros e diretores.
DESILUSÃO – A imagem da atual diretoria foi vista hoje pelas equipes de imprensa na porta do vestiário do Vila. O presidente Martinez estava bastante arrasado e foi amparado pelo pai, José Martinez, e pelo Luis Dário, coordenador da base. Solitário no comando executivo, Marcos tem tido que lutar contra as dificuldades do clube e os devaneios do presidente do Conselho Deliberativo que ainda insiste na ideia de renuncia para o atual comandante.
JÁ ERA – Com a derrota deste domingo, o Itumbiara caiu para a Divisão de Acesso onde esteve em 2011. Após o titulo de 2008, muito se espera do tricolor que não fez nas últimas temporadas e vive do humor do ex-prefeito e ficha suja José Gomes da Rocha, o presidente de fato do clube do sul do estado.
ROMPENDO O LACRE – Com uma festa linda, a Arena Fonte Nova foi inaugurada neste domingo. Ivete e Cláudia Leitte fizeram uma disputa a parte. O primeiro chocolate da nova casa foi dado – Vitória 5 a 1 no Bahia e Jorginho não resistiu a larga derrota.
LIMITANDO – A segunda divisão da Itália será a primeira grande liga europeia a implementar um teto salarial para jogadores. De acordo com a determinação imposta, os vencimentos dos atletas não poderão ultrapassar € 150 mil por ano.