Depois de não chegar a um acordo com o Sindicatos dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (SINAPEGO), os três clubes da capital partiram para uma negociação individual com seus jogadores para uma redução salarial durante o período de paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus. Os clubes sugeriram, entre as propostas, uma redução de 50% nos vencimentos dos atletas, o que fui prontamente recusado.

Na contraproposta, os jogadores aceitaram uma redução de 20%, sendo que após o retorno das atividades, eles seriam reembolsados pelos clubes. Como as agremiações não aceitaram a pedida, nem Atlético, Goiás e Vila Nova ‘bateram o martelo’ ainda sobre a quantia a ser reduzida.

Em entrevista à Sagres 730 o goleiro Maurício Kozlinski, um dos líderes do elenco atleticano, revelou ser à favor da redução salarial e que é hora dos jogadores cederem, já que fazem parte de uma classe privilegiada da sociedade.

Maurício Kozlinski, goleiro do Atlético-GO (Foto: Paulo Marcos/ACG)

“É uma situação bem delicada até porque ainda não tivemos nenhuma reunião com a diretoria, mas acho que é questão de tempo para termos essa conversa. Eu particularmente já falei até para os meus companheiros já falei que sou a favor de uma redução, acho que nesse momento não é só o clube que tem que perder, todo mundo vai perder. O ponto é chegar num consenso que não seja tão prejudicial só para os jogadores ou só para o clube, acho que a redução até a volta dos campeonatos é justa, não tem o que fazer. Claro que ninguém gosta que diminua o salário que nós lutamos muito para conquistar, mas nós jogadores somos uma classe privilegiada e temos o salário um pouco maior que muitos brasileiros, então nesse momento nós temos sim que abrir mão um pouco para ajudar não só os clubes, mas também aqueles que ganham menos”, afirmou Kozlinski.

No entanto o goleiro ressalta que não é regra todos os atletas receberem um salário alto, por isso a melhor alternativa é buscar uma conversa individual com a diretoria.

“Tem casos e casos. Às vezes as pessoas acham que todos os jogadores ganham muito dinheiro, mas tem atletas que têm salários baixos também. Então acredito que é uma questão que o clube vai tratar individualmente com cada um, eu já deixei claro a minha opinião e os outros atletas vão passar a opinião deles para que a gente possa chegar em um consenso e fazer o melhor para todo mundo, tanto para os jogadores quanto para os clubes”, analisou o camisa 1 do Dragão.

O acordo com o elenco será importante para o clube na sequência da temporada, já que com a paralisação o Atlético perdeu praticamente todos os seus patrocinadores e a situação financeira preocupa. O presidente Adson Batista já revelou, inclusive, que a equipe não possui dinheiro em caixa para os próximos meses e será essencial uma ajuda da CBF.

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