Bolsonaro e o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, durante primeiro pronunciamento (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Nelson Teich falou pela primeira vez como ministro da Saúde na tarde desta quinta-feira (16), no Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a palavra ao novo titular da Pasta logo depois de justificar a demissão de Henrique Mandetta e dizer que a saída foi como um “divórcio consensual”. 

Teich, que é oncologista, defende a busca pela informação para lidar com a pandemia do novo coronavírus. “O que é fundamental é que a gente consiga enxergar aquela informação que a gente tem até ontem, decidir qual é a melhor ação, entender o momento e seguir nesse caminho de definir qual a melhor forma de isolamento, distanciamento. Que isso seja, cada vez mais, baseado em informação sólida. Quanto menos informação você tem, mais aquilo é discutido na emoção. Isso não leva a nada porque é absolutamente ineficiente”, analisou. 

Nelson Teich também argumentou sobre a preocupação do governo com a saúde, mas também com a economia. “Isso é muito ruim, elas não competem entre si. Elas são completamente complementares. Quando você polariza uma coisa dessa, você começa a tratar como se fosse pessoas versus dinheiro, o bem versus o mal, empregos versus pessoas doentes. Não é nada disso”, avaliou. 

O novo ministro disse que tudo a respeito da pandemia será tratado de forma técnica e científica. “Tudo aqui vai ser tratado de uma forma absolutamente técnica e científica”, afirma. “Se você não domina aquilo, se aquilo não está na sua mão, vira um barco à deriva. A gente vai conhecer a doença. Quando a gente começar a entender isso e começar a definir políticas e ações, a gente assume o comando desse problema. Em algum momento isso vai se solucionar e a gente é que vai estar comandando isso”, complementou. 

Ao final do discurso, Nelson Teich afirmou que está alinhado com o presidente Jair Bolsonaro e com a equipe de governo para enfrentar a crise causada pelo coronavírus. “Existe um alinhamento completo entre mim e o presidente e todo o grupo do Ministério”, concluiu. 

Perfil

O novo ministro da Saúde é médico oncologista e empresário do setor. É natural do Rio de Janeiro, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Também é ócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.

Teich chegou a atual como consultor informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e foi assessor no próprio Ministério da Saúde, entre setembro do ano passado e janeiro deste ano.

Nos anos 1990, Teich foi responsável pela fundação do Centro de Oncologia Integrado (Grupo COI), onde atuou até 2018. Segundo o perfil dele em uma rede social, trabalhava como consultor em gestão de saúde. Ele já prestou orientações à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde, comandada por Denizar Vianna. Em 2010 e 2011, prestou consultoria aoHospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, também focada em gestão da saúde.

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