O acidente aéreo envolvendo o time da Chapecoense e jornalistas do Brasil inteiro comoveu o mundo hoje. Times de todas as partes do mundo, jogadores, e personalidades famosas não só no âmbito esportivo, prestaram suas solidariedades às famílias.
Aqui em Goiânia, o técnico Marcelo Cabo, campeão da Série B com o Atlético Goianiense, contou estar muito triste com o acontecimento. “Todos nós acordamos com essa notícia trágica desse acidente que nos deixou consternados, perplexos. Ainda estamos sem chão, sem entender e passamos a analisar o quanto a vida é frágil. Estou muito triste, espero que Deus possa consolar o coração de todos os familiares que perderam seus entes queridos, seus amigos.”
Entre os 81 passageiros da aeronave que fez pouso forçado a acabou caindo próximo a região de Antióquia, estavam os jogadores Matheus Caramelo e Sérgio Manoel, que já vestiram a camisa do Dragão. Marcelo também já havia trabalhado com 3 das 76 vítimas fatais do acidentes. “Eu trabalhei com o Filipe Machado, zagueiro. Ele era o meu capitão no Macaé. O próprio Caio Junior, um amigo de profissão. Nós tivemos uma relação muito estrita quando eu estive em Dubai em 2014, o Anderson Paixão que eu trabalhei por 3 temporadas em Santa Catarina.”
Cabo revelou já ter passado por situação parecida em 2013 e que a região é montanhosa, o que torna o trajeto perigoso. “Sofri uma situação de apreensão em 2013 nas oitavas-de-final da Sul-Americana, quando iríamos jogar em San Juan de Pasto, na Colômbia contra o Deportivo Pasto e nós ficamos em Medellín. Um dia antes do jogo nós viajamos para Pasto e não conseguimos aterrissar. Ficamos cerca de 20 minutos sobrevoando a região que é muito montanhosa e começamos a ficar apreensivos porque a autonomia de combustível abaixou e tivemos que voltar para Medellín, reabastecer, voltar para Cali e viajar para Pasto no dia seguinte, dia do jogo.”
FICA OU NÃO FICA?
Em meio à toda essa tragédia, o técnico se reuniu com o diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, para tratar de sua renovação. Segundo Marcelo, a conversa foi boa e produtiva.”O Adson apresentou o projeto do clube e eu também me coloquei à disposição, meu interesse de ficar. A conversar foi muito boa e agora vou me reunir com a minha família e analisar o que foi colocado para mim para que a gente tome uma decisão. Esperamos que até o final da semana tenhamos uma posição concreta. Esperamos que evolua e tenha um final feliz.
O treinador não escondeu a vontade de renovar com o time rubro-negro e revelou estar feliz com o ano do Atlético. O Atlético é um lugar onde me sinto em casa. Eu termino essa temporada muito feliz com a oportunidade de ter deixado um legado e o ter marcado o meu nome na história do Atlético. Espero chegarmos em um denominador comum e inicar 2017 com um belo trabalho.”