De forma exclusiva à 730 conversou, durante a Hora do Esporte, desta terça-feira (29), com a jornalista Luciana Lang, companheira de jornalismo esportivo, que pertence ao quadro de desportivas da Rádio Oeste Capital.

Luciana detalhou como foi o dia em Chapecó, cidade do clube catarinense – “Foi um dia de muitas homenagens, as pessoas se dirigiram para a Arena Condá e com muitas crianças, o que dói muito porque na verdade as crianças de Chapecó perderam seus heróis. Esse é o sentimento. Foi um dia sem aulas nas escolas, empresas fechadas, muitas faixas de luto. É uma tragédia que não conseguimos mensurar”, explicou a jornalista.

Fundada em 2004, a Associação Chapecoense de Futebol ficou conhecida no cenário nacional pelos constantes acessos e por ser tornar o time de todos. O carinho da torcida brasileira cresceu na atual temporada com a classificação à final da Sul-Americana. Entre os torcedores mais fiéis Rafael Henzel, narrador esportivo da Rádio Oeste foi um dos seis sobreviventes da maior tragédia da história do futebol brasileiro. O avião que transportava a delegação da Chapecoense, imprensa e convidados, que disputaria na próxima quarta-feira o primeiro duelo da final do torneio sul-americano em Medellín, Colômbia, caiu em uma montanha.

Luciana explicou como foi o último dia de contato com Rafael e o clima da cidade neste dia marcante.

“É o momento mais trágico da história da nossa cidade, nunca passamos por isso. Nossa cidade é jovem, tem apenas 100 anos. Vivemos o ápice das conquistas de um trabalho sério, onde toda a cidade estava envolvido. Fomos surpreendidos às 4h da manhã com essas informações. Estamos trabalhando muito, buscando contatos e a comunicação é ruim por lá. Sabemos que, graças a Deus, o Rafael, nosso narrador esportivo, é um dos pouquíssimos sobreviventes”.

“O Rafael conversou conosco ontem pela manhã, ele até nos mandou uma sonora com o zagueiro Neto. Estava muito tranquilo e brincalhão, como sempre. Ele faz questão de acompanhar a Chapecoense. A energia do grupo era muito positiva”.

“Estamos em luto. As pessoas estão chorando pelas ruas, ninguém ainda acredita e como chegou nesse ponto. A grande chave será quando conseguirmos contato com o Rafael, ele será o testemunho ocular. Vamos esperar a chegada do nosso prefeito na Colômbia, ele nos disponibilizou seu número móvel para entender tudo que acontece por lá. Estamos rezando muito para que os vivos sejam salvos”.