Às vésperas de viajar para compromissos no Sudeste Asiático, o Papa Francisco comentou a gravidade dos efeitos das mudanças climáticas. “Se medirmos a temperatura do planeta, dir-nos-á que a Terra tem febre. Que está doente, como qualquer doente. E nós, ouvimos essa dor?”, perguntou.
O líder da Igreja Católica fará uma viagem de 12 dias para visitar Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura. A viagem começa já na próxima segunda-feira (2) e termina no dia 13 de setembro. Antes disso, nesta sexta-feira (30), o pontífice lançou uma mensagem com a intenção da Rede Mundial de Oração do Papa para o mês de setembro.
Todo mês, Francisco escolhe um anseio do mundo e coloca em suas orações, bem como estende o compromisso para todos os católicos. Em setembro, portanto, o tema é “Rezemos pelo grito da Terra”.
“Temos de nos comprometer na luta contra a pobreza e a proteção da natureza, alterando os nossos hábitos pessoais e os da nossa comunidade. Rezemos para que cada um de nós ouça com o coração o grito da Terra e das vítimas das catástrofes ambientais e das alterações climáticas, comprometendo-nos pessoalmente a cuidar do mundo que habitamos”, disse.
Sofrimento dos pobres
O que norteia a intenção do Papa é a pergunta: “ouvimos a dor de milhões de vítimas de catástrofes ambientais?”. Os países que o pontífice visitará estão passando por consequências em relação ao aquecimento global, por isso, espera-se que Francisco fale mais sobre as mudanças climáticas na próxima semana.
Sempre ligado aos anseios do mundo nas questões ambientais e próximo aos pobres, o líder religioso reforçou a vulnerabilidade dessa parcela da população. “Os que mais sofrem com as consequências desses desastres são os pobres, que são obrigados a abandonar suas casas devido a inundações, ondas de calor ou secas”, disse.
“Fazer frente às crises ambientais provocadas pelo homem, como alterações climáticas, poluição ou a perda de biodiversidade, exige não só respostas ecológicas, mas também sociais, econômicas e políticas”, acrescentou.
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