Funcionar na sexta-feira e no sábado, e abrir mão do domingo. Essa é uma das propostas que serão levadas a uma reunião na manhã desta quinta-feira (30) no Paço Municipal pelo presidente da Associação da Feira Hippie, Waldivino da Silva.

“Não queremos abrir mão da sexta, e abrimos mão do domingo”, afirma. “De forma provisória, enquanto durar a pandemia e até o término das obras”, complementa, em entrevista à Sagres.

Por conta da pandemia, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec) permitiu aos feirantes da Feira Hippie que funcionem somente no sábado e no domingo. Nestes dias, segundo a associação, o movimento de clientes é menor.

No documento, a associação afirma que “a Feira Hippie vai ceder 1 dos seus 3 dias de trabalho, pois entendemos que neste momento de pandemia será necessário este sacrifício, sendo assim cedido o dia de sexta feira ou Domingo, pedindo também a presença do presidente e de um membro da diretoria para participar da reunião do comitê de crise”.

Na última semana, a Sedetec disse que a Feira Hippie não poderia funcionar na sexta-feira por gerar muita aglomeração. Em protesto, os feirantes não trabalharam no sábado e domingo.

Segundo o presidente Waldivino da Silva, existe uma articulação para que a Feira Hippie não funcione na sexta-feira. “O nosso cliente que compra na região da 44 [às sextas-feiras], está todo ali. No final de semana nós vamos vender para quem?”, questiona. “Existe um planejamento, uma articulação comercial muito forte para tirar a sexta da gente e não dividir o bolo conosco. Sexta-feira, às 16h, os ônibus e guias de sacoleiros vão embora”, justifica.

Ainda segundo o presidente da Associação da Feira Hippie, após o término das obras de revitalização da Praça do Trabalhador, prevista para outubro, a intenção é voltar a trabalhar nos três dias do fim de semana.

Em resposta, por meio de nota, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) informou o presidente da Associação da Feira Hippie “falta com a verdade ao dizer que há um suposto esquema ou articulação para favorecer os empreendimentos do polo de confecção e moda, em relação aos horários de funcionamento de shoppings e galerias” e que e “que não há e nem nunca houve qualquer esquema ou articulação, seja política, comercial ou financeira, para favorecer os empreendimentos da Região”.

Na nota, a AER44 afirma ainda que “está proibida a vinda de ônibus de excursão de outros estados, suspensão esta que segue mesmo após o decreto de fiscalização do comércio na região” e que a “organização das excursões ocorre por responsabilidades dos próprios guias, que trazem turistas para Goiânia em virtude da qualidade e do preço da moda comercializada na Região da 44”.