O pequeno Gabriel Ribeiro Marques, de 4 anos, foi atropelado e teve o corpo arrastado por 40 metros. Ele foi socorrido e levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas morreu na madrugada desta quarta (26). O acidente aconteceu no dia 25 de dezembro, dia de Natal e o menino atravessava uma rua no Setor Pedro Ludovico enquanto segurava a mão da irmã. Quem provocou a morte de Gabriel foi o adolescente I.S.B., de 16 anos, que conduzia uma moto em alta velocidade e que já foi aprendido sete vezes, seis por roubo e uma por tráfico, além de vários outros delitos.

Durante o depoimento, na delegacia especializada em investigações de crimes no trânsito de Goiânia, o menor mostrou muita frieza, como relata o delegado, Waldir Soares. “Frio, acostumado com a pratica de vários crimes, não deu a menor importância para o ato praticado. Matar essa criança, um adulto, roubar ou traficar para ele é a mesma coisa. Tem sete passagens cadastradas fora as não cadastradas. Ele roubou, praticou assalto, tomou uma moto de um policial da Rotam, ele acaba ganhando uma medalha por ser bandido”, explicou.

Para o delegado, o adolescente não tem recuperação, até porque o sistema de reeducação brasileiro é totalmente falho. “O caminho dele é ou manter-se na prisão por algum tempo e depois cemitério. Ele não vai ter vida longa isso eu te garanto. Ele está muito envolvido no mundo do crime. O irmão dele de 20 anos também está preso, ele tem 16 e está no mesmo caminho. Então é um criminoso irrecuperável. Ele praticou esse vai ficar internado alguns dias lá, vai ser colocado em liberdade novamente vai matar outras pessoas e vai continuar. Na verdade nós temos um sistema de internação falho, devemos avançar na lei, adotar o sistema americano e inglês onde a criança e o adolescente fica recolhido e preso com estrutura própria, vai ter escola, treinamento, trabalhar e se recuperar não esse sistema falido aqui do Brasil”, declarou.

Após atropelar Gabriel, I.S.B. perdeu o controle do veículo, bateu a moto e fugiu à pé, mas foi capturado em seguida. Ainda em depoimento, contou que, mesmo sem permissão para dirigir devido à idade, comprou a moto por R$1,8 mil. O adolescente já foi internado três vezes e atualmente cumpria pena em liberdade assistida. Agora está na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais e aguarda para ser ouvido por um promotor de justiça.

A delegada Maura Gondo diz que não tem certeza que o adolescente fique apreendido. “Ele vai ser ouvido pelo promotor que vai analisar o caso dele ou vai representar pelo processo e solicitar pela internação dele ou não, depende do que ele entender. Eu acredito que ele deve ficar apreendido, mas a gente não pode fazer uma previsão assim porque não sabemos as diretivas do juizado”, finalizou. (Com informações da Repórter Lyra Rúbia)