O governo de Ronaldo Caiado (DEM) está completando 1.000 dias e a Sagres entrevistou a deputada estadual Adriana Accorsi, do PT. A deputada afirmou que a gestão estadual está sendo marcada pela retirada dos direitos dos servidores públicos.

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“Eu vejo que a marca é não dividir as riquezas do estado com a sua população, sobre tudo seus servidores e o serviço público (…). Creio que outra marca forte é a questão de retirar direitos dos servidores públicos, o que acaba prejudicando o serviço público e agravando um pouco o sofrimento das pessoas diante desse contexto nacional que nós vivemos agora que pandemia arrefece um pouco devido a vacinação de uma parte da população. Mas a crise econômica é gravíssima, Goiânia tem uma das cestas básicas mais altas, a população está sofrendo muito com as altas dos preços”, frisou.

Ouça a entrevista completa:

O governo estadual ressalta a necessidade de equilibrar as finanças devido a dívida que ‘herdou’ das gestões anteriores e que por isso precisou tomar medidas em relação ao Estatuto do Servidor e a Previdência Pública entre outras medidas necessárias para o ajuste fiscal e organização das contas públicas.

Adriana Accorsi destacou que entende a necessidade de organizar os gastos públicos. Mas disse que os servidores não devem pagar por essas medidas de ajuste fiscal.

“Nós da oposição reconhecemos a necessidade dessas medidas que venham economizar os recursos públicos equalizar as dívidas. Inclusive votamos favorável a várias medidas relacionadas a ajustes fiscais. Mas o que eu tenho colocado desde o início é que os servidores públicos e o serviço público, que são impactado com essas perdas de direitos, tem sido colocados como grandes vilões dessa história. E nós sabemos que não é, sabemos que foram outros tipos de gastos, com comissionados, com publicidade, e com outros tipos de gastos. Não foi o servidor público que fez com que o Estado ficasse endividado”, disse.

“Retirar direitos históricos como quinquênios de professores, cobrar dos aposentados a maior alíquota do país na Previdência, mais de 14% no meio de uma pandemia. Acredito que é mais um alinhamento do ministro Paulo Guedes, que já falou que quando abraça o servidor coloca a granada no bolso. Que tem esse entendimento que o Brasil tem servidores demais, que tem direitos demais, que a estabilidade dos servidores não é justa… O que é totalmente equivocado”, continuou.

“Porque nós não temos muitos servidores em relação a outros países. A grande maioria não ganha muito, existe uma pequena parte que ganha muito e que não é atingida por esses projetos do Guedes, como a PEC 32, ou seja, os privilégios vão continuar. Eu penso que é esse alinhamento político que o Estado tem que ser mínimo para investir no serviço público e o povo é que sofre”, concluiu.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: