Na parada de um mês para a realização da Copa do Mundo, a ordem no Atlético é botar a casa em ordem. Depois de nove jogos realizados na Série B, o time ainda não conseguiu engrenar na competição e convive diariamente com as dificuldades financeira, além de ver Marcelo Martelotte deixar o comando do técnico do time na última partida. Tudo isso é trabalho para o diretor de futebol Adson Batista, que tem grandes desafios no período.

Logo de cara, ele comenta sobre a real situação do time e analisa que não é só o Dragão que sofre com esses problemas: “Todos os clubes brasileiros passam por crise hoje, principalmente os de Série B. Na Segunda Divisão os contratos são “enfiados goela à baixo” nos clubes e todos eles ficam reféns. Se os times não se uniram e buscar uma alternativa, a situação vai continuar. No Atlético não é diferente, o clima não é dos melhores. A dificuldade financeira é grande”.

Para vencer as dificuldades, Adson acaba assumindo mais de uma função no clube: “Lógico que exerço mais de uma função, até porque se eu não fizer, não tem ninguém para fazer, é questão de sobrevivência. Muita coisa eu corro atrás e não devia, tinha que estar focado somente no futebol. Mas aqui no Atlético quem não é polivalente não consegue fazer o seu trabalho, Nosso pessoal é reduzido, e temos que superar isso com trabalho e criatividade”.

O maior desafio do diretor na parada é encontrar um novo comandante. Ele explica a situação: “Estou buscando encaixar tudo. Ver o melhor perfil para o estilo de jogo e para o plantel que temos hoje no clube, além, claro, de se encaixar no nosso limite financeiro. Não quero me precipitar e a procura está sendo bem feita, com uma profunda análise. Pretendo anunciar um novo técnico somente no dia da reapresentação do elenco, no dia 13”.

O nome favorito é o de Hélio dos Anjos. Adson fala o que pensa sobre a possível contratação: “Eu gosto muito do trabalho do Hélio. Um dos melhores técnicos com quem trabalhei, do ponto de vista de pessoa, um homem muito agradável e correto, quanto do ponto de vista profissional, como o grande treinador que é. Mas, o nome dele tem certa resistência interna e temos uma lista de nomes, com Doriva e Narciso, que foram bem no Paulistão”.