Para Adson Batista, diretor de futebol do Atlético, o duelo contra o Paysandu ficará marcado por diversos quesitos. “O Estádio estava lotado, a partida foi complicada. O Paysandu fez uma grande partida, adiantou a marcação, nos deu trabalho. O primeiro gol do Matheus mostra a confiança da equipe. Naquele momento os jogadores já estavam sofrendo com desgaste”, revelou o dirigente que, seguindo a linha de pensamento do técnico Marcelo Cabo, criticou a falta de tranquilidade para ‘matar’ o jogo.

“Tivemos chances de pontuais de definir a partida, mas faltou o poder de decisão para tranquilizar nossa situação. Foi um jogo atípico, mas a equipe mostrou sua regularidade e seu perfil na competição”.

Há quase 11 anos no Atlético, Adson, relatou, em entrevista concedida ao repórter Pedro Henrique Geninho, que já teve a oportunidade de atuar em outra área profissional, mas o grau de envolvimento com o clube alcançou um nível que ele já precisou se humilhar para conquistar “algumas coisas” que foram fundamentais para o Dragão ser uma equipe profissional. “Não é simples trabalhar com o futebol”, ratificou.  

VIRA CASACA?

Sobre atuar por alguma equipe rival, o diretor de futebol rubro-negro explicou que não tem dificuldade em pensar que um dia isso pode acontecer, mas para ele sair do Atlético “teria que ter uma grande problema, uma rejeição do clube, por exemplo”. Adson explica que o ambiente futebolístico, a adrenalina e a reciprocidade de felicidade que ele possui com a equipe de Campinas, são fatores essenciais para manter o futebol como principal fonte de amor e renda.

OS PLANOS

“Sempre busco montar uma equipe competitiva, que representa as cores do Atlético”, revelou o dirigente, que traçou grandes planos para o clube: “A prioridade é fazer que o time, em 2019, brigue e dê trabalho para as principais equipes do país, mas isso só será possível se o Atlético se manter na elite nacional, após a confirmação do atual acesso. E uma das situações que precisam resolvidas para esse projeto se tornar real é a manutenção do Marcelo Cabo. Ele é um técnico super equilibrado, se preparou para isso. Se encaixou perfeitamente nos nosso princípios e vamos buscar a valorização dele, até porque o nosso desejo é que ele fique. Ressalto: tudo isso é uma possibilidade”, freando qualquer empolgação que possa ser entendida de outra forma pelo torcedor.

PARTIU, SÉRIE A?

Questionado sobre o acesso, Adson, ao contrário da vitória contra o Avaí, na última rodada, não escondeu que o triunfo sobre o Paysandu deixou a equipe mais próxima do seu principal objetivo. “Tenho muita confiança, mas hoje, o Atlético colocou um pé na Série A. Jogamos pressão nos adversários e vamos ter uma gordura interessante para a sequência no campeonato”, disse o diretor.

Sobre o título, o dirigente também não ficou em cima do muro. “Vamos brigar com o Vasco pelo caneco. Na minha visão, ninguém foi mais regular que o Atlético no torneio. Isso me faz acreditar na disputa pela inédita taça, que será a cereja do bolo”, contou Adson, que concluiu a entrevista na zona mista, afirmando que o mais importante é que o clube consolide o acesso para coroar o trabalho de todos no clube rubro-negro.

PRÓXIMO COMPROMISSO

Com a vitória, de 2 a 1, sobre o Paysandu, o Atlético permanece, agora com 58 pontos, na liderança da Série B, já que não poderá ser alcançado pelo Vasco, nesta rodada. O rival pode chegar, no máximo, aos 57 pontos. Isso se vencer o CRB, hoje (15), em São Januário. O próximo compromisso do Dragão, será sábado, dia 22, contra o Criciúma, fora de casa.