Precisando enfrentar mais uma vez a paralisação do futebol, que é um reflexo da pandemia, o Atlético Goianiense também faz planos para o futuro. O rubro-negro planeja criar um programa de sócio-torcedor mesmo sem ter ainda a perspectiva de quando o público poderá voltar aos estádios no Brasil.

A iniciativa é um desejo antigo da torcida atleticana e que há alguns anos chegou a ser estudado. Porém, não chegou a ser implantado. Em entrevista à Sagres o presidente Adson Batista revelou que a intenção é trazer a novidade para o torcedor pós-pandemia.

“Eu já tenho a definição de que quando os torcedores voltarem aos estádios, nós vamos fazer o programa de sócio-torcedor. Primeiro que ele tem custo, mas a intenção é mais para desafiar a nossa torcida, porque eu tenho algumas dúvidas, principalmente com o perfil do torcedor goiano. O torcedor goiano ele reclama de tudo, é mais frio. A gente conhece o futebol brasileiro, futebol do nordeste, do Rio Grande do Sul e do eixo Rio-São Paulo, os torcedores são muito mais interessados em ajudar o clube. O torcedor goiano vive muito de momento, e as vezes os clubes passam por algumas dificuldades, o que qualquer equipe pode passar”, afirmou o dirigente rubro-negro.

Além de atender o anseio de sua torcida, ele destacou que o programa pode ser uma importante alternativa financeira para o clube em momentos conturbados como o vivido hoje com a perda de patrocinadores e sem a receita de bilheteria.

“Vamos fazer o sócio-torcedor até para que a gente possa ver realmente se o torcedor atleticano é diferente e se consegue criar alguma alternativa financeira para o Atlético-GO. Tem clubes no nordeste que estão sobrevivendo nessa pandemia com a ajuda do seu sócio-torcedor como Fortaleza, Ceará e Bahia, times que tem de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões oriundos desse programa para investir no futebol”, disse Adson durante sua participação no podcast Debates Esportivos.