Após dois jogos sem vitória, o Atlético caiu para a quarta posição da Série B. Porém, o diretor de futebol Adson Batista, em entrevista à Rádio 730, não se mostrou preocupado com os tropeços, lembrando que oscilação é algo natural em torneios longos.
“Em um campeonato longo como é a Série B, isso é inevitável. Ninguém quer, mas vai acontecer e você tem de saber superar esses momentos, se não você cria instabilidade, traz coisas negativas. Importante é que sentimos, internamente, que o grupo está focado, sabendo o que quer. Tiramos muitos conceitos dessa derrota (para o Londrina). Estou confiante que o Atlético vai dar continuidade na sua boa campanha e tenho certeza que vamos conseguir chegar ao nosso objetivo. Lógico que falta um turno e três jogos e temos de manter a mesma humildade, pés no chão e saber que no futebol você não pode deixar nada subir a cabeça. Se tiver um nível de concentração”.
Durante essa semana, a janela de transferências internacional foi fechada. Mesmo assim, o Dragão segue atento ao mercado e pode fazer contratações pontuais, como revelou o dirigente.
“Estamos atentos às boas oportunidades do mercado. O Atlético tem um grupo e um time montado e não temos desespero e nem necessidade de ficar inchando o elenco. Temos de buscar pontualmente. Precisamos de um atacante que possa dar opção de velocidade, de intensidade ao nosso treinador e temos de ver o Raul, que é um grande jogador, que foi bem no Bahia, no América-MG. Já jogou em alto nível e esperamos que ele dê a resposta que esperamos no lado esquerdo”.
Elogios ao rival
Com 29 pontos, o Atlético busca vencer para se aproximar do líder Vasco, que tem 32. Para isso, o clube voltará a campo às 16 horas de sábado, quando enfrenta o Tupi-MG, em Juiz de Fora. No mesmo dia e horário, um dos rivais do Dragão, o Vila Nova, irá encarar o Ceará, em partida que marca a reinauguração do Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga.
Adson Batista admitiu que vai torcer para o Tigre “desde pequeninho”, já que o Ceará é concorrente direto do Atlético pelo acesso. Além disso, elogiou a iniciativa da direção colorada de reformar a sua casa e lamentou que o Dragão não tenha conseguido dar prosseguimento à reforma do estádio Antônio Accioly.
“Desejo toda sorte ao Vila contra o Ceará, para nos ajudar também. Não pode perder o foco por causa da inauguração do estádio. O Vila foi competente. No Atlético, muita gente ficou só no discurso Accioly, que é importantíssimo. A realidade de hoje do futebol é que tem jogos de segunda a segunda na televisão e o torcedor tem a comodidade de assistir os jogos em casa e isso causa uma saturação também. Você precisa ter algo que aproxime o torcedor”.
“O Accioly seria fantástico, mas não tivemos condições, pois o clube tem muitas dificuldades e precisa priorizar, mas ninguém perdeu as esperanças que, no futuro, a gente consiga ter o Accioly. Enquanto não tivermos o Accioly precisamos jogar no estádio Olímpico, que ficou muito bonito e traz um fato novo para o futebol goiano. Esperamos que a gente atue no local no segundo turno, pois vai aproximar mais o torcedor”.