A defesa do goleiro Bruno Fernandes, 25, vai tentar argumentar à Justiça que o jogador foi vítima de vingança por parte de Sérgio Rosa Sales, 22, primo de Bruno e conhecido como Camelo. Bruno está preso acusado pela polícia de participação no sequestro e possível assassinato da ex-amante do goleiro, Eliza Samúdio. Camelo também está preso acusado de ter participado do crime.
Os advogados de Bruno alegam que Sales quis se vingar do goleiro por ter sido substituído na condição de principal administrador da vida do atleta, papel que passou a ser de Luiz Henrique Romão, o Macarrão. A defesa do goleiro argumentará que Camelo teria desviado dinheiro do ex-jogador do Flamengo, e por isso foi preterido.
Sales foi preso acusado pela polícia de vigiar Eliza no sítio de Bruno durante o tempo em que foi mantida refém, e também por ter ajudado a levá-la para o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, para que ele matasse Eliza.
POLÍCIA ENCONTRA SANGUE E CABELOS HUMANOS EM SÍTIO
A Polícia Civil localizou ontem vestígios de sangue humano em uma quarto do sítio de Bruno em Minas. O cômodo foi apontado por Camelo como um dos locais onde Eliza Samúdio foi mantida em cativeiro. O suposto sangue foi localizado em um colchão. Peritos também encontraram fios de cabelo na casa.
O material recolhido passará por análise e exame de DNA, para saber se são de Eliza. Foram recolhidos também partes de concreto da residência de Bola em Vespasiano. Foi apreendido também um computador para a análise do CPU. O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística.