Em entrevista ao Jornal 730, na manhã desta terça-feira, 09, o Superintendente de Controle Interno da Secretaria da Fazenda, Sinomil Soares da Rocha contrapôs os questionamentos do presidente da Assembléia Legislativa, Helder Valin (PSDB) sobre o déficit financeiro que o governo Alcides Rodrigues recebeu de Marconi Perillo, em 2006.
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De acordo com ele, quando o Governador Alcides Rodrigues assumiu, em abril de 2006, a folha de pagamento tinha R$ 50 milhões de atraso, portanto ele não teria recebido o Estado com uma folha em dia. A partir daí, segundo Sinomil, o Governador só conseguiu colocar o pagamento em dia 14 meses depois.
Ele informou que a gestão anterior à de Alcides Rodrigues deixou R$ 1 bilhão e 200 milhões de restos a pagar e despesas como o pagamento do Bolsa Universitária para as empresas, que foi parcelado em 24 meses. A receita do Estado era de R$ 435 milhões e a despesa de R$ 535 milhões.
Nesta segunda-feira, 08, o presidente da Assembléia Legislativa de Goiás, deputado Helder Valim (PSDB), defendeu a instauração de uma CPI para apurar o suposto déficit nas contas do Estado recebido pelo Governador Alcides Rodrigues da gestão anterior. Para o deputado, há uma dúvida se esse déficit seria orçamentário (diferença entre dívidas e receita) ou de execução (o que o Estado poderia ter feito e não foi possível arrecadar a quantia financeira necessária).
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OUÇA A ENTREVISTA COM HELDER VALIM
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Sinomil lembrou que, no início da gestão Alcides, houve a suspensão do Programa Renda Cidadã e um parcelamento da Bolsa Universitária. Além disso, o governo fez uma reforma administrativa extinguindo mais de 21 órgãos e uma mudança austera na política tributária, visando cortar benefícios fiscais injustificáveis. “Isso não foi por insensibilidade do Governador, ou mero capricho. As medidas tomadas são evidência clara de que houve um déficit”, disse.
“A receita era menor que a despesa. Havia um descompasso. Isso é notório e já foi colocado exaustivamente. Em audiências públicas na Assembléia Legislativa nos já apresentamos os dados do Estado”, acrescentou.
Antecipação de receita
O Superintende de Controle Interno da Sefaz informou que, quando o atual governador assumiu, no começo de 2006, existia o total de R$ 114 milhões de antecipação de receita feita pela gestão anterior. “Era uma política perene do Governo anterior fazer isso. Em 5 anos foi antecipado mais de R$ 500 milhões em ICMS”, disse.
De acordo com Sinomil, as antecipações de ICMS contribuíram para que o governo anterior viesse pagando a folha de pagamento mais ou menos em dia e isso maquiava o déficit real.
Segundo ele, depois que o governador Alcides Rodrigues assumiu, foram aparecendo outras despesas e passivos, que vem sendo pagos até hoje. Porém, ele informou que o propósito do Governador é deixar o estado com as contas rigorosamente em dia para o seu sucessor. “Isso é algo histórico que nunca ocorreu na república brasileira”.
Críticas
Questionado sobre a possível criação de uma CPI para apurar o déficit, Sinomil voltou a afirmar que a Secretaria da Fazenda tem dados que o comprovam. “Eu entendo que parece haver uma tentativa de confundir a opinião pública a respeito desse assunto. Nós estamos muito tranqüilos. Por qualquer meio que se fizer necessário estamos prontos para provar este déficit. Essa questão não assusta a Sefaz. Os números estão aí, são claros e verdadeiros”, afirmou.
De acordo com ele, qualquer pessoa pode comprovar os números do estado, que estão disponíveis nos balanços aprovados pela Assembléia Legislativa. “O Governador Alcides Rodrigues se preocupou em assumir o Governo, trabalhar e não ficar chorando o leite derramado”, completou.

Alcides assumiu com 1,2 bilhão de restos a pagar, diz Superintendente da Sefaz
Em entrevista ao Jornal 730, na manhã desta terça-feira, 09, o Superintendente de Controle Interno da Secretaria da Fazenda, Sinomil Soares da Rocha contrapôs os questionamentos do presidente da Assembléia Legislativa, Helder Valin (PSDB) sobre o déficit financeiro que o governo Alcides Rodrigues recebeu de Marconi Perillo, em 2006.
De acordo com ele, quando o Governador Alcides Rodrigues assumiu, em abril de 2006, a folha de pagamento tinha R$ 50 milhões de atraso, portanto ele não teria recebido o Estado com uma folha em dia. A partir daí, segundo Sinomil, o Governador só conseguiu colocar o pagamento em dia 14 meses depois. Ele informou que Marconi deixou 1 bilhão e 200 milhões de reais de restos a pagar e outras despesas como o pagamento do Bolsa Universitária para as empresas, que foi parcelado em 24 meses. A receita do Estado era de 435 milhões e a despesa de 535 milhões.
Nesta segunda-feira, 08, o presidente da Assembléia Legislativa de Goiás, deputado Helder Valim (PSDB), defendeu a instauração de uma CPI para apurar o suposto déficit nas contas do Estado recebido pelo Governador Alcides Rodrigues da gestão anterior. Para o deputado, há uma dúvida se esse déficit seria orçamentário (diferença entre dívidas e receita) ou de execução (o que o Estado poderia ter feito e não foi possível arrecadar a quantia financeira necessária).
Sinomil lembrou que, no início da gestão Alcides, houve a suspensão do Programa Renda Cidadã e um parcelamento da Bolsa Universitária. Além disso, o governo fez uma reforma administrativa extinguindo mais de 21 órgãos e uma mudança austera na política tributária, visando cortar benefícios fiscais injustificáveis. “Isso não foi por insensibilidade do Governador, ou mero capricho. As medidas tomadas são evidência clara de que houve um déficit”, disse.
“A receita era menor que a despesa. Havia um descompasso. Isso é notório e já foi colocado exaustivamente. Em audiências públicas na Assembléia Legislativa nos já apresentamos os dados do Estado”, acrescentou.
Antecipação de receita
O Superintende de Controle Interno da Sefaz informou que, quando o atual governador assumiu, no começo de 2006, existia o total de R$ 114 milhões de antecipação de receita feita pela gestão anterior. “Era uma política perene do Governo anterior fazer isso. Em 5 anos foi antecipado mais de R$ 500 milhões em ICMS”, disse.
De acordo com Sinomil, as antecipações de ICMS contribuíram para que o governo anterior viesse pagando a folha de pagamento mais ou menos em dia e isso maquiava o déficit real.
Segundo ele, depois que o governador Alcides Rodrigues assumiu, foram aparecendo outras despesas e passivos, que vem sendo pagos até hoje. Porém, ele informou que o propósito do Governador é deixar o estado com as contas rigorosamente em dia para o seu sucessor. “Isso é algo histórico que nunca ocorreu na república brasileira”.
Críticas
Questionado sobre a possível criação de uma CPI para apurar o déficit, Sinomil voltou a afirmar que a Secretaria da Fazenda tem dados que o comprovam. “Eu entendo que parece haver uma tentativa de confundir a opinião pública a respeito desse assunto. Nós estamos muito tranqüilos. Por qualquer meio que se fizer necessário estamos prontos para provar este déficit. Essa questão não assusta a Sefaz. Os números estão aí, são claros e verdadeiros”, afirmou.
De acordo com ele, qualquer pessoa pode comprovar os números do estado, que estão disponíveis nos balanços aprovados pela Assembléia Legislativa. “O Governador Alcides Rodrigues se preocupou em assumir o Governo, trabalhar e não ficar chorando o leite derramado”, completou.