Fiscalização na floresta Amazônica em Mato Grosso — (Foto: Christiano Antonucci/ Secom-MT)
Dados registrados pelo sistema Deter – B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a área de alerta de desmatamento da Amazônia já é maior que em 2018, considerando os números entre janeiro e setembro deste ano. De acordo com os números divulgados pelo Inpe, a área foi de 7.853,91 km², o que representa um aumento de 92,7%, quase o dobro em comparação com os primeiros nove meses do ano passado e é o pior desde 2016.
A função do sistema Deter-B é monitorar e produzir alertas que possam ajudar as equipes de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado brasileiros. Por esse motivo, os dados apresentados pelo Inpe, que foram coletados pelo sistema, não representam uma estatística oficial do desmatamento. Porém, mesmo sendo um sistema de levantamento rápido de alertas de evidências de desmatamento, os números do sistema Deter- B tem sido confirmados pelo balanço oficial nos últimos anos.
Apesar de ser um patrimônio brasileiro, a responsabilidade de políticas de preservação e combate ao desamtamento e queimadas são, principalmente, de cada um dos nove estados da Amazônia Legal. A floresta está presente no Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e no Tocantins.
Os motivos que levam ao desmatmanto da floresta amazônica são diferentes em cada estado. Ao site de notícias G1, o pesquisador do Inpe na área de geoinformática, análise espacial e ciência do uso da terra, Gilberto Câmara, disse que “tem muita gente tomando decisões individuais em uma área do tamanho da Europa que a gente tenta entender em um único número”.