O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou que foi procurado pelo senador Marcos do Val e que foi comunicado da tentativa de golpe supostamente planejada pelo ex-deputado federal, Daniel Silveira (PTB), com conhecimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro comentou sobre as declarações do senador durante participação em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Lisboa, nesta sexta-feira (3), por videoconferência.
Para Alexandre de Moraes, a tentativa de golpe não passa de uma “Operação Tabajara”. “Foi exatamente essa a tentativa de ‘Operação Tabajara’, que mostra o quão ridículo nós chegamos na tentativa de um golpe no Brasil”, afirmou. Segundo o ministro, não há proximidade entre ele e do Val para estabelecer algum tipo de conversa, já que a ideia seria gravar um diálogo entre os dois, em espécie de arapongagem, para tirá-lo da relatoria dos inquéritos que apuram atos antidemocráticos no STF.
O ministro ainda relatou ontem que, na conversa com o senador, pediu para que ele formalizasse a denúncia em papel para assim iniciar uma investigação, mas do Val teria negado. Neste momento, segundo Moraes, agradeceu o senador pela a conversa e se retirou. “O que não é oficial para mim não existe”, acrescentou o ministro.
Apuração aberta
Alexandre de Moraes ainda determinou que seja instalada uma petição autônoma e sigilosa para investigar o senador Marcos do Val (Podemos). A determinação está vinculada ao pedido da Polícia Federal para realizar a oitiva do senador. A PF ouviu o parlamentar na quinta-feira (02), também por determinação de Moraes.
Crimes
O ministro do STF também prevê que do Val seja investigado pelo possível cometimento dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo. O senador já deu quatro versões diferentes sobre a suposta tentativa de golpe.
Alternância
O deputado estadual Wilde Cambão (PSD) foi indicado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) para ser líder do governo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Ficou acordado, entretanto, que o cargo será alternado com Talles Barreto (União Brasil).
Prazos
O deputado do entorno do DF fica no posto neste ano, enquanto Barreto será o vice-líder. Em 2024, eles invertem as posições.
Diálogo
“Não serei líder de mim mesmo. Serei líder voltado para nossa base e com conversa franca com a oposição. Aqui é local de debate e é o debate que crescemos”, disse Cambão. “A oposição é muito importante para esse processo e a relação será a mais amistosa, pois é o meu perfil”.
Saída
Em reunião com o governador Ronaldo Caiado, o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Alexandre Lourenço, pediu exoneração do cargo com argumento de motivos pessoais. O delegado disse que o cargo exige dedicação exclusiva, e isso penalizou a própria família.
Um tempo
“Preciso de um tempo para me dedicar à família. Não sei quanto tempo eu preciso. Chega uma hora que precisamos parar. É um cargo de dedicação exclusiva e acabo penalizando minha família porque não participo de muita coisa”, explicou.
Resultado!
O procurador de Justiça Paulo Sérgio Prata Rezende foi o candidato mais votado na eleição para procurador-geral de Justiça de Goiás, com 223 votos. O resultado da votação no Ministério Público de Goiás (MPGO), realizada nesta sexta-feira (3/2), foi proclamado pela Comissão Eleitoral, na sala do Colégio de Procuradores de Justiça.
Próximo
O promotor de Justiça Cyro Terra Peres foi o segundo, com 214 votos, enquanto o promotor Carlos Vinícius Alves Ribeiro teve 189 votos. Os três integram lista tríplice a ser encaminhada ao governador Ronaldo Caiado, que escolherá o chefe do Ministério Público para o biênio 2023-2025.
