Exatamente dois meses depois da oficialização pelo governador Ronaldo Caiado de que Daniel Vilela será o candidato a vice em 2022, aliados insatisfeitos com a aliança entre DEM e MDB apontam à Coluna que as articulações de ambos não surtiram efeito prático para consolidar a unidade da base para a disputa no próximo ano. Caiado agiu pessoalmente ao visitar o diretório do MDB, em 20 de agosto, e confirmar, no dia 24 de setembro, o presidente emedebista como companheiro de chapa.
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A falta de diálogo para a confirmação da chapa mantém feridas abertas e aliados apontam que nomes que já tiveram maior proximidade com o governo agora sequer parecem fazer parte da base. “Tenho sentido uma certa rejeição. Daniel tem trabalhado bem junto aos auxiliares do Caiado, mas ainda tem muita resistência do grupo que é mesmo político”, avalia um palaciano. “O PP, por exemplo, veio para o governo, mas parece que não veio”, aponta.
Caiadistas de carteirinha como Adib Elias (Podemos), Lissauer Vieira (ainda no PSB), Alexandre Baldy (PP) e Vanderlan Cardoso (PSD) ainda buscam garantir publicamente que estarão com Caiado em 2022, apesar da insatisfação gerada com a definição da vice. No entanto, na prática, a possibilidade de debandada continua – seja na janela partidária, até dia 2 de abril, ou até o prazo das convenções, em julho.
Resultado
“Na verdade, tudo que é feito com antecedência tem seus riscos. Tem chance de acertar com o tempo, mas continua com risco. A gente não sabe como vai ser essa formatação pró-Bolsonaro aqui e tudo é possível. Não adianta fechar os olhos e achar que está tudo certo”, avalia outro governista à Coluna, em off.
Alternativas
O desembarque de lideranças do barco caiadista tem como incentivo a expectativa de ocupação de vagas na chapa majoritária, além da formação de chapas proporcionais viáveis na oposição, em torno de Gustavo Mendanha ou de nome bolsonarista em Goiás.
Juntar forças
O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) realiza articulações com parlamentares e lideranças no estado em busca de apoio para fechar a criação de federação que dará suporte a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A intenção é ter união de partidos como o PT, PSB, PC do B e PSol.
Viabilidade
Otoni aponta que, para além do apoio à candidatura de Lula, a federação é um “incentivo” para a construção de uma candidatura competitiva ao Governo de Goiás. “Se a federação avançar a nível nacional, aqui em Goiás, com base na votação desses partidos nas últimas eleições, criamos condições para fazer três ou quatro deputados federais e chegar a oito estaduais. Além de ser um ‘incentivo’ para uma construção de uma candidatura competitiva ao governo estadual”, avalia o deputado.
Conversas
O deputado Rubens Otoni ainda aponta que também buscará dialogar com a Rede, o PV e o PDT, para a formação da federação.
Presenças
Além de interessados em leitura, ao menos três políticos prestigiaram a noite de autógrafos de Eduardo Cunha em Goiânia: o ex-deputado federal Jovair Arantes (MDB), o secretário municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Michel Magul (MDB), e o vereador Thialu Guiotti (Avante).
Agenda
Os três estiveram na Livraria Leitura, na noite desta terça-feira (23), onde ocorreu o lançamento do livro “Tchau, Querida: o Diário do Impeachment”, em que o ex-presidente da Câmara dos Deputados narra os bastidores dos movimentos que teriam levado à queda a ex-presidente Dilma Rousseff. Cunha esteve no Goiânia Shopping, Setor Bueno, até por volta das 22h.
Sobrenome
A Câmara Municipal de Goiânia aprovou a inclusão do nome do ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende (MDB) no Parque Mutirama. O projeto foi aprovado por unanimidade em sessão realizada nesta terça-feira (23).
Como fica?
Se o projeto for sancionado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos), o local passará a se chamar Parque Iris Rezende Machado – Mutirama. Outras propostas de homenagens para o ex-prefeito, como mudanças de nome da Avenida Anhanguera, do Paço Municipal, do Bosque dos Buritis e até do Morro da Serrinha tramitam na Câmara Municipal de Goiânia.
