A secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão, negou mais uma vez que o Estado de Goiás tenha cometido as chamadas pedaladas fiscais no ano de 2015. Em entrevista à Rádio 730, ela disse que o governo deixou algumas despesas do ano passado para o exercício fiscal deste ano, mas tudo devidamente inscrito no balanço fiscal.
“O termo pedaladas fiscais se tornou um sinônimo de crime fiscal. O resto a pagar são despesas que foram orçadas no ano anterior e continuam inscritas no nosso balanço, continua sendo obrigação do Estado pagá-las, mas não houve a devida disponibilidade financeira no ano corrente. E estamos pagando elas neste ano. Usar o termo de pedaladas fiscais neste caso é inadequado,” disse a secretária.
Ouça a entrevista completa de Ana Carla Abrão:
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Ana Carla afirma ainda que o Estado não maquiou o balanço fiscal. Ela explica ainda que o Estado só não pagou todas as despesas de 2015 porque não teve condições financeiras.
A filha da senadora Lúcia Vânia diz que o objetivo do governo goiano é não deixar restos a pagar no final deste ano. “Nós queremos fazer de 2016 o ano de equilíbrio fiscal de Goiás,” projeta.
Os auditores fiscais, donos dos maiores salários do Estado, passarão a receber uma verba indenizatória. Ana Carla admite que a questão é polêmica, mas defende que a medida vai gerar queda em diárias dos auditores e aluguel de carros para servi-los.
O Fisco projeta um aumenta na arrecadação para este ano. Mas, a secretária afirma que isto não tem ligação com a criação da verba indenizatória.
Brasil
Ana Carla considera a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) de mudar os juros das dívidas do Estado de composto para simples um absurdo, mas alega que como outros estados da federação conseguiram liminares neste sentido, o governo goiano não poderia deixar de defender seus interesses. Por isto, o Estado entrou com uma liminar no mesmo sentido.
Governo Temer
A secretária da Fazenda defende o nome de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda em um provável governo comandado pelo vice-presidente Michel Temer.
Ana Carla diz que para corrigir o desequilíbrio financeiro do País será necessário tomar medidas impopulares como as reformas fiscal e previdenciária.