Em entrevista concedida ao repórter Rafael Bessa, no programa Toque de Primeira, da Sagres 730, nesta terça-feira (5), o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Luiz Pitta, falou mais uma vez sobre a possibilidade de retomada do Campeonato Goiano. Na opinião do dirigente, as chances são “matemáticas”.
“Não posso falar isso. Só podemos falar que o Campeonato Goiano acabou quando tivermos a convicção. É igual clube que está disputando o rebaixamento. É difícil escapar, mas todo jogador que você entrevista fala que tem condições matemáticas. Nós ainda temos condições matemáticas de realizar o campeonato, então não podemos descartar. Todas as avaliações não duram de um dia pro outro. Momento agora é pra ter calma e tranquilidade”, comparou André Luiz Pitta.
Na entrevista, o dirigente também revelou que um questionário foi enviado para a Secretaria Estadual de Saúde. A intenção é tirar dúvidas sobre como dever ser feita a volta aos treinos, algo que alguns clubes pleitearam nos próximos dias.
“A gente quer saber sobre alguns pontos e obrigatoriamente temos que escutar as autoridades competentes, neste caso específico a secretaria de saúde. Queremos saber se os clubes têm autorização para voltar aos treinamentos e se podem reunir seus jogadores com todo cuidado que obviamente terão que ter. Também a possibilidade de voltar a ter jogos oficiais do campeonato com portões fechados e uma terceira questão, a liberação para as escolinhas de futebol voltarem a funcionar, porque tenho a informação que em algumas cidades do interior, essas escolinhas foram liberadas. Alguns filiados e clubes nos procuraram, então colocamos isso dentro da consulta”, explicou Pitta, que não trabalha com um prazo para receber a reposta das autoridades sanitárias.
“Nós de antemão sabemos o quanto é difícil retornar agora, de todos esses itens que colocamos, mas eles (secretaria) são a parte técnica. Então temos que aguardar, não adianta ter pressa, pois estamos vendo que o cenário não é nada propício para o retorno. Aguardamos que seja uma resposta o mais técnica possível, pra que traga garantias e seguranças pra que a gente retome com condições de ir até o final. Que caso os atletas voltem, seja com uma condição de segurança avaliada pelas autoridades competentes pra isso”.
O dirigente também avaliou a situação de vários clubes do interior que estavam na disputa do Goianão, já que podem ter gastos com a remontagem do elenco, sem uma certeza de que o campeonato vai terminar.
“Não enxergo segurança. Tenho uma certa preocupação porque temos que pensar no contexto como um todo. Quando você fala em retornar os jogos, com todas as equipes, começam a surgir outros problemas. Imagine você fazer todas as 12 equipes se remontarem, começarem novamente o campeonato e daqui a pouco agravar a contaminação no Brasil inteiro, principalmente no estado de Goiás e ter que paralisar a competição novamente. Nós temos que ter muito cuidado, pra não fazer muita força para terminar um campeonato, mas trazermos um prejuízo muito grande que pode sacrificar os clubes pra outros anos. Mesmo que tudo volte ao normal, o futebol terá muitas dificuldades nos próximos anos”, finalizou.