O Atlético Goianiense foi o primeiro goiano a voltar aos treinamentos presenciais durante a pandemia do coronavírus. A autorização da Prefeitura de Goiânia veio só na última segunda-feira (1), mas a equipe rubro-negra já havia antecipado as atividades na última semana.
Primeiro personagem da uma coletiva por videoconferência no futebol goiano nesta temporada, o goleiro Maurício Kozlinski minimizou o ocorrido e reiterou a vontade de retornar ao CT do Dragão.
“Nós realizamos dois treinamentos e já contávamos com a liberação, porém ela só veio segunda-feira (1). Mas temos um protocolo muito rígido dentro do clube, que nos dá uma segurança. Nenhum jogador é bobo, cada um está cuidando da sua família, sabemos o risco que podemos correr, então ninguém viria aqui se não tivesse uma segurança para nós e nossa família. A cartilha foi passada para que pudéssemos treinar e os jogadores aceitaram”, disse.
Os treinos recomeçam quase três meses após serem paralisadas no dia 17 de março, mas ainda não há previsão para o início das competições. “É uma questão que a gente já vem colocando isso na cabeça há algum tempo. Desde que paramos por conta da pandemia ficamos sem um direcionamento, não sabíamos quando voltariam os treinamentos, quando voltariam os jogos. O clube nos fez retornar 30 dias antes para ficar em isolamento em Goiânia e fazendo os treinos em casa, mesmo assim a gente não sabia quando que voltariam os treinos presenciais”, pontuou.
Mesmo assim, sem saber quando voltará à rotina de viagens e concentração, Kozlinski destacou que os treinamentos deram uma animada e mexerem principalmente com a parte psicológica dos atletas.
“Com esse primeiro passo de voltar os treinamentos já deu um ânimo a mais, agora a gente aguarda a volta dos jogos. Ainda não sabemos quanto tempo vai demorar para voltar as partidas, mas temos que estar trabalhando nosso psicológico. Esperamos que isso passe logo para os jogos retornarem o mais rápido possível”, destacou o camisa 1.
Por fim, o goleiro comentou as manifestação que ocorreram nessa semana no combate ao racismo. Em sua rede social, se posicionou com a hashtag #vidasnegrasimportamsim e durante a coletiva ressaltou a importância de pessoas ligadas ao futebol também combaterem atitudes preconceituosas.
“Nós que somos figuras públicas temos esse poder de influenciar na opinião de pessoas. Então temos que usar a nossa posição para dar essa influência de forma positiva. O racismo e qualquer forma de preconceito é inadmissível. A gente vive um momento tão complicado com esse vírus e ainda ter que se preocupar com problemas que já devíamos ter superado. Eu como uma pessoa branca, talvez não saiba o que alguém de pele negra passa, então o que eu posso fazer é oferecer minha ajuda e solidariedade. É um caminho para que nosso mundo e sociedade possam evoluir”, finalizou.