Presidente da Associação Nacional dos Transportes Públicos – Regional Centro-Oeste, Antenor Pinheiro relatou para a RÁDIO 730 que tem alertado às autoridades a respeito do transporte coletivo na região do entorno de Brasília.
“É uma mancha metropolitana, não institucionalizada, embora haja instrumentos jurídicos para isso, mas que convive harmonicamente nos seus problemas”, comenta.
Segundo ele, os acontecimentos em Santo Antônio do Descoberto foi um sinal de alerta dada às autoridades sobre a dificuldade da população da região do entorno e de Brasília estão vivenciando.
Antenor afirmou que tem tido contato com as autoridades no sentido de oferecer subsídios e estudos para induzir políticas públicas e soluções.
“Não há explicações para que na capital do Brasil não tenhamos ainda formatado um planejamento institucional do sistema de transporte. Isso é inadmissível”.
O Presidente da Associação Regional dos Transportes Públicos declarou que a gestão hoje está nas mãos dos empresários, como a tarifação, e o controle das planilhas de deslocamento das linhas.
“Estamos falando de uma mancha metropolitana de 3,5 milhões de habitantes, e de um negócio milionário”, destaca.
Antenor Pinheiro disse que os governos de Goiás, do Distrito Federal, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) devem achar uma solução negociada, com o início de uma reengenharia de todo sistema.
“Os governos podem muito bem articular uma política que configure juridicamente um sistema ideal para a grande demanda de toda aquela região. Se não houver essa conversa, eu continuo com a minha observação de que aquilo tem pouco tempo para se transformar numa convulsão social”, completa.
