Em reunião realizada nesta segunda-feira (20), a executiva do Partido dos Trabalhadores (PT) definiu que o nome do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, será apresentado com pré-candidato do partido ao governo nas eleições de outubro. O presidente da legenda, em Goiás, César Donizete, destaca que existe um consenso dentro da executiva petista para que o nome de Gomide seja definido como pré-candidato.

“É um consenso que nós vamos não só no PT, mas principalmente, nos partidos que fazem parte do governo da presidente Dilma e que são de oposição aqui em Goiás”, explica.

Até março, o partido deve elaborar um planejamento de trabalho que será apresentado e discutido com a militância nos encontros regionais do PT. “Nós também vamos começar a discussão sobre as diretrizes de plano de governo, para discutirmos com nossos companheiros, com a sociedade e com os demais partidos de oposição”, aponta.

Alianças

A intenção do PT, em Goiás, é atrair as siglas de oposição – compondo um grupo com aproximadamente oito partidos. Segundo César Donizete, o PT prioriza a cabeça de chapa, mas abre espaço para os aliados. “Nosso nome é apresentado para liderar esse grupo de oposição”, explica.

Donizete ainda acredita que Antônio Gomide será capaz de aglutinar os partidos que fazem oposição ao atual governo. “Quando nós apresentamos o nome de Antônio Gomide não é para dividir é para ajuntar. Respeitamos o PMDB por ter outros dois nomes, mas entendemos que o nosso candidato tem todas as condições de disputar as eleições”, destaca.

CESAR DONIZETEEncabeçar uma chapa pode significar o fortalecimento do partido e uma nova era na política estadual. Essa é a linha de raciocínio do presidente do PT, César Donizete. Para isso, ele pede a união do grupo oposicionista nas eleições deste ano.

“Nós vamos trabalhar para o fortalecimento do PT. O PT não discute vice nem sanatório (candidato ao senado) agora. Quem está trabalhando pra ser cabeça de chapa não discute ser vice. Ao contrário, nós queremos todos juntos e que a gente seja cabeça de chapa e os outros sejam vice e senador”, afirma.

César Donizete aponta que o grupo que administra o Estado está no poder há dezesseis anos. O petista ainda prevê que a base do governador, Marconi Perillo, (PSDB) terá dificuldades para convencer o eleitor para mais quatro anos. “Como que ele (Marconi) vai renovar essa aliança com o povo?”. A receita para vencer as eleições e chegar ao governo do estado, segundo Donizete, é a união. “Nós estamos propondo que a oposição esteja unida nesse projeto de enfrentamento ao PSDB”, conclui.

Divergências

Alguns partidos apoiam a presidente, Dilma Rousseff, em nível nacional e, em Goiás, apoiam o governador Marconi Perillo. César Donizete não vê problemas, uma vez que, a prioridade do PT são os partidos que fazem oposição a Perillo. “A gente respeita, isso aconteceu desde a primeira eleição do Lula, que já tinha o movimento Luma (Lula – Marconi). A nossa prioridade é quem é da base da Dilma, mas é oposição em Goiás”, define.

Paulo Garcia

Segundo César Donizete, as decisões do PT tem passado pelo conhecimento do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia. “O mais importante é que o Paulo Garcia está representado na executiva regional e tudo que está sendo resolvido aqui está sendo discutido com ele também”.