O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, chegou há pouco ao Senado para o depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira. Ele disse chegar à comissão de coração e mente abertos. “Sou ameaça somente aos incompetentes, aos competentes não sou ameaça”, disse.

Ex-diretor da empresa rodoviária do governo de São Paulo, ele é acusado de atuar junto ao Dnit em 2010 em busca de dinheiro para campanhas do PSDB – de José Serra à Presidência da República e de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo.

Ao ser perguntado sobre as irregularidades da Dersa em sua gestão, ele afirmou que quem determina as diretrizes da estatal ?é o governador [referindo-se ao ex-governador José Serra]?. Ele também disse só conhecer Cachoeira pelos jornais.

As acusações contra Paulo Preto, publicadas nos últimos meses pela imprensa, foram esvaziadas nesta terça-feira (28) pelo ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Ele confirmou que Paulo Preto o procurou para que assinasse um aditivo de R$ 264 milhões para a conclusão do trecho sul do Rodoanel de São Paulo, mas negou ter dito que parte desse dinheiro seria desviada para as campanhas eleitorais. Segundo Pagot, a informação sobre o desvio não passou de uma “conversa de bêbado em botequim”.

Da Agência Câmara.