Mais recente reforço do Trindade para a disputa da Divisão de Acesso do Campeonato Goiano, que começará no dia 10 de agosto, o veterano Nonato ainda não quer parar sua longa carreira no futebol. Há duas décadas jogando profissionalmente e com quase vinte clubes no currículo, o atacante de 40 anos retorna para jogar na Capital da Fé pela segunda vez e buscar mais uma artilharia.
Paraense revelado pelo Bahia, entre idas e vindas está presente no futebol goiano desde 2006, quando foi campeão estadual e disputou a Libertadores pelo Goiás. Inclusive, durante essa passagem conheceu seu agora novo treinador, que o reencontrará no Abrão Manoel da Costa: o ex-volante Cléber Gaúcho. “É um cara que está buscando seu espaço no futebol e estou indo também para ajudá-lo”, destaca o experiente atacante.
“O Trindade aposta muito na base e tem muitos jogadores promissores. A base vem fazendo um trabalho excelente de uns três anos para cá e eles estão apostando muito nesses jogadores”, completa Nonato, peça fundamental para liderar um grupo de jogadores bastante jovem com a missão de levar o Tacão de volta para a primeira divisão do Campeonato Goiano após três temporadas distante.
Artilheiro da Divisão de Acesso por quatro oportunidades, Nonato retorna a disputá-la após ano apagado na Aparecidense. Maior marcador do Goianão pelo Camaleão em 2018, também deixou sua marca na Copa do Brasil e na Série D antes de subir mais uma vez com o Goianésia – sempre como principal goleador. Em 2019, porém, marcou apenas três gols na temporada inteira e jogou com menor frequência, incapaz de novamente ajudar o time nas competições nacionais.
“No ano passado, joguei bastante na Aparecidense, tive boa sequência, fiz muitos gols e fui artilheiro. Já neste ano não conseguimos ter a mesma sequência e sofremos bastante”, frisa Nonato, que analisou a troca de Márcio Fernandes por Edson Júnior. “Quando se muda de comando, tem que ser para melhor. A diretoria fez a parte dela, mas infelizmente o time não conseguiu melhorar. Lógico que não estou aqui para culpar somente ele, mas o treinador quando é bom tem que ser igual o Luxemburgo, que faz milagre no Vasco”.
Enquanto isso, com 40 anos recém-completados no início do mês, o atacante não escondeu que começou a pensar sobre o final da sua carreira. De qualquer forma, as propostas não pararam de chegar e, como um bom centroavante oportunista, Nonato não perdeu a chance. “Tive outras propostas de clubes da Divisão de Acesso, como o Rio Verde, do Éverton Goiano, que é muito meu amigo”, revela.
“Eu vou procurar fazer o meu melhor, como sempre fiz, e deixar as coisas acontecerem, mas acho que não vai demorar muito não. Às vezes converso com minha esposa e acho que está chegando o meu momento de parar. Claro, vou procurar fazer o máximo de gols possíveis agora pelo Trindade, jogar no ano que vem e depois acho que vai chegar o momento”, finaliza Nonato, que se diz pronto para disputar mais uma artilharia no futebol goiano.