A cidade de Aparecida de Goiânia completa 100 anos de fundação nesta quarta-feira (11). Para falar sobre as origens do município, a Sagres entrevistou a professora e historiadora Nilda Simone, que afirmou que hoje a cidade de Aparecida já tem a própria identidade, além de ser reconhecida no Brasil. “Hoje, nós não somos de Goiânia, nós somos de Aparecida mesmo. Eu defendo essa ideia de tirar, Goiânia que é nossa, chegamos aqui primeiro”, brincou a historiadora.

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Nilda contou que no início Aparecida pertencia à comarca de Campinas, que era uma cidade em que os aparecidenses eram muito ligados, principalmente na parte religiosa. Além disso, todo o comércio levado para Aparecida, era oriundo de Campinas. “Com a construção de Goiânia, muito próxima de nós, veio muita gente para esse espaço de terra, que antes era só o Cerrado. Diante dos preços para se mudar para a capital, as pessoas vieram morar em Aparecida, que se tornou cidade dormitório. Aparecida teve um grande desenvolvimento em termos de loteamento no final da década de 70”, detalhou a professora.

Outro ponto abordado pela historiadora foi a estruturação da rodovia BR-153. Empresários da região aproveitaram o grande movimento da pista e instalaram empresas e postos de gasolina no local. “Acho que aí começou a fundamentação da importância de Aparecida para o Estado de Goiás e agora para o Brasil”.

Para continuar a explicar sobre o desenvolvimento da cidade, Nilda disse que a partir da década de 80 começaram a surgir os polos industriais, com um crescimento acentuado depois da década de 90. “Aparecida se tornou independente. Creio que a partir do momento dos polos, das pessoas que aqui chegaram, de novas culturas, novos pensamentos agregados aos nossos, aí que entrou a diversidade. Essa diversidade fez com que Aparecida criasse hoje a própria identidade”, declarou.

Para os próximos 100 anos da cidade, Nilda disse que quer ver as netas tendo o mesmo gosto de morar na cidade, como ela teve. além disso, a historiadora projetou a cidade como a mais moderna de Goiás e contou que tem um sonho: “a revitalização do centro da cidade para que tenhamos identidade histórica”.

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