Das 26 capitais do país, apenas duas terão prefeitas mulheres a frente das prefeituras nos próximos quatro anos. São elas Emília Corrêa (PL), em Aracaju, e Adriane Lopes (PP), reeleita em Campo Grande. Em 2020, apenas uma mulher tinha sido eleita: Cinthia Ribeiro (PSDB), em Palmas (TO). Em 2012 e 2016, o cenário era o mesmo, apenas uma mulher venceu: Teresa Surita, em Boa Vista (RR).
No geral, o número de mulheres eleitas prefeitas no primeiro turno cresceu em comparação com as eleições de 2020. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 724 mulheres foram eleitas, contra 656 no pleito anterior. Mesmo diante do aumento, as mulheres prefeitas representam apenas 15,5% do total de candidaturas que se elegeram para as prefeituras.
Ao todo, 4.746 homens foram eleitos prefeitos, o que representa 84,5% do total do 1º turno. Ainda assim, o índice representa um avanço na comparação com as duas últimas eleições. Em 2016 e 2020, 88% dos eleitos no primeiro turno para o Poder Executivo eram homens. No segundo turno das eleições de 2024, mulheres estavam na disputa para se tornarem prefeitas em outras cinco cidades.
Prefeitas
Em Curitiba, Cristina Graeml (PMB) perdeu para Eduardo Pimentel (PSD), enquanto que, em Natal, Natália Bonavides (PT) perdeu para Paulinho Freire (União). Já em Palmas, Janad Valcari (PL) perdeu para Eduardo Siqueira (Podemos). Em Porto Velho, Mariana Carvalho (União) perdeu para Léo (Podemos) e em Porto Alegre, Maria do Rosário (PT) perdeu para Sebastião Melo (MDB). Nas 51 cidades que disputavam o segundo turno neste domingo (27), mulheres também venceram em Olinda (PE), Uberaba (MG) e Ponta Grossa (PR).
Aracaju
Emília Corrêa é a primeira mulher eleita prefeita da história de Aracaju. Ela tem 62 anos, é advogada, defensora pública aposentada e comunicadora de rádio e TV. Na política, participou da primeira campanha eleitoral em 2012, quando ficou como suplente na Câmara Municipal de Aracaju e assumiu o mandato entre março de 2013 e abril de 2014. Quatro anos mais tarde, em 2016, venceu dusputa para vereadora e teve recondução em 2020.
Campo Grande
Adriane Lopes (PP) foi reeleita com 51,45% dos votos. Formada em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), também possui formação em Teologia e pós-graduação em Administração Pública e Gerência de Cidades. Antes de ingressar na carreira política, Adriane trabalhou na Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Em 2017, se tornou vice-prefeita de Campo Grande e, em abril de 2022, tornou-se a primeira mulher a assumir a Prefeitura da cidade. Adriane é casada com o deputado estadual Lídio Lopes.
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*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 05 – Igualdade de Gênero; ODS 10 –Reducação das Desigualdades; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.