Foto: Reprodução 

Na madrugada do último domingo (22), começou o verão, que vai até o dia 20 de março de 2020. Neste período, os dias serão mais longos que as noites e ocorrerão mudanças rápidas nas condições do clima, levando a ocorrência de chuvas de curta duração e forte intensidade, quase sempre no final da tarde.

Segundo o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorin, “no mês de novembro, choveu 35% menos que o esperado. A boa notícia é que neste verão, deve chover dentro ou até acima da média histórica”. Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) diz que “a região Sul de Goiás deve ficar de fora dessa previsão, pois, pode chover abaixo da média”, explicou.

Precipitação em Goiânia

A reportagem do Sagres ON analisou os índices de chuvas na capital nas últimas três décadas. Desde 1990, mais da metade das precipitações de chuva no verão de Goiânia está abaixo da média (253,25 mm) do período pesquisado. Ao todo são 15 anos abaixo, contra 14 anos acima. Nos últimos cinco anos estamos vivendo uma constante queda na quantidade de chuva no período de dezembro a março. A última temporada de chuvas de verão com índices acima da média foi em 2013 quandro foi registrado 305,75 mm. Confira no gráfico abaixo:

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Fonte: Dados do INMET 

Em novembro, devido a estiagem inesperada na região norte do Estado, algumas cidades chegaram a sofrer com o racionamento de água. A chefe do Instituto Nacional de Meteorologia em Goiás, Elizabeth Alves, detalhou à Sagres que há regularidade da chuva na região centro-sul do Estado, onde está a capital. Na região Norte, considerando novembro, eram esperados 219 mm e acabou ficando abaixo com apenas 50% do esperado. “A tendência para os próximos meses é que ainda nessa região, infelizmente é ficar abaixo da média, já a região centro-sul do Estado o prognóstico é que fique dentro da normalidade ou acima da normalidade. Então há essa irregularidade dentro do Estado”, afirmou.

Outro dado importante de comparação com o rendimento das chuvas consiste nas informações apresentadas pela sala de situação da Saneago. Comparando o volume de água registrado no rio Meia Ponte no dia 24 de dezembro de 2018 com o ano de 2019, o ano passado apresentou mais de 3 mil litros de água a mais que na véspera do natal deste ano. Enquanto a Saneago informou 10.198 Litros/segundo em 2018. Neste ano, foi identificado 7.105 litros/segundo. Até agora, no mês de dezembro de 2019, o ápice de volume de água no Rio Meia Ponte foi de mais de 15 mil litros, registrado no dia 8.

Formação de Chuvas

Para que ocorra a chuva, alguns fenômenos devem anteceder: o  principal deles é a saturação do ar atmosférico, possibilitando a condensação e consequente precipitação da gota de chuva. O ar saturado é explicado quando a taxa de moléculas de água que seguem do estado líquido para o vapor é a mesma taxa que retorna de vapor de ar para a superfície líquida.

O índice mais conhecido para descrever o conteúdo de vapor d’água é a umidade relativa. A umidade relativa do ar é um indicador da possibilidade de ocorrência de chuva. Se o conteúdo de vapor d’água permanecer constante, o decréscimo na temperatura aumentará a umidade relativa e o aumento na temperatura causa diminuição na umidade relativa.

Isto porque o ar quente se expande e aumenta a capacidade de reter umidade. Ao contrário, o ar frio, se comprime, saturando-se mais facilmente. Neste ultimo caso, o funcionamento de um ar condicionado exemplifica, ao resfriar o ar retirado do ambiente, libera água retida do ar mais quente. 

Altas temperaturas 

Se as chuvas vão ficar dentro ou acima da média, as temperaturas também. “Uma outra característica, com o aumento da temperatura do ar sobre o continente, estas chuvas são acompanhadas por trovoadas e rajadas de vento, eventualmente granizo”, explica André Amorin.

Nesta estação, as chuvas em nosso estado estão associadas a passagem de sistemas frontais e a formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Mas atenção, pode haver em janeiro o famoso veranico , que é o período de estiagem em que temos vários dias sem a ocorrência de precipitação.

A grande novidade neste verão é que não deverá haver influência do fenômeno El Niño ou La Niña no período, o que indica que as chuvas ficarão dentro da normalidade no período.

Confira a reportagem de Silas Santos

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