Novamente em sinal de protesto, a Feira Hippie não funcionará neste sábado (1º) e domingo (2). Após assembleia na manhã desta sexta-feira (31), os feirantes decidiram por manter a feira suspensa.

O motivo do protesto é por não haver autorização da Prefeitura de Goiânia para que a Feira Hippie funcione às sextas-feiras, em razão da pandemia.

“Não vai ter feira, foi decidido em assembleia. O pessoal não conforma de montar sábado e domingo e perder a sexta-feira que é 50% das nossas vendas no atacado. Isso é um protesto, porque não faz sentido montar sábado e domingo para acumular mais dívidas”, afirma o presidente da Associação da Feira Hippie, Waldivino da Silva.

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira, o funcionamento da Feira Hippie às sextas-feiras geraria muita aglomeração e risco de contaminação e, por lei, a feira só possui autorização para funcionar aos sábados e domingos.

“Sexta-feira não é o dia da feira funcionar. A feira começou a funcionar no domingo, aí os feirantes conquistaram, no passado, em 2016, o direito de trabalharem também aos sábados. Há um ano, encerrou um acordo, acordo frágil, para que os feirantes pudessem trabalhar na sexta-feira até que a obra de revitalização da Praça do Trabalhador começasse. Então, há mais de um ano, os feirantes não poderiam trabalhar na sexta-feira, e mesmo assim estavam trabalhando. A Prefeitura não pode tolerar nesse momento a montagem da feira em um dia em que a feira não pode funcionar, e principalmente em um momento de pandemia”, afirma.

A Sedetec, no entanto, vai discutir a possibilidade de a Feira Hippie funcionar nas sextas-feiras em reunião marcada para a manhã de segunda-feira (3), no Paço Municipal, com representantes da feira e o comitê de crise.

“Estamos otimistas, mas se caso não acontecer, vai ter vários protestos todo dia da semana. Nós não vamos parar. A feira inteira vai na prefeitura. Não adianta a gente trabalhar e não ter receita nem para as despesas”, afirma.

Um documento enviado pela Associação da Feira Hippie propõe que os feirantes abram mão de um dia no final de semana por causa da pandemia. Segundo Waldivino da Silva, a preferência dos feirantes é atuar na sexta e no sábado.