A derrota do Goiás para o Palmeiras por 1 a 0 no jogo de ida das semifinais da Copa Sul-Americana rendeu muito após o apito final do árbitro Evandro Rogério Roman. Além de o técnico palmeirense, Luiz Felipe Scolari, ter sido atingido por um rádio atirado por um torcedor esmeraldino, o treinador ainda se desentendeu com o diretor administrativo do Goiás, Marcelo Segurado.


Ouça a entrevista com Marcelo Segurado na íntegra:

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A discussão ocorreu quando o comandante do time paulista se encaminhava à sala onde se encontrava a comissão de arbitragem para relatar sobre o incidente com o torcedor, para onde Marcelo também se dirigiu, segundo ele, para defender o Goiás diante dos árbitros. “Eu desci para comunicar para a comissão de arbitragem que todas as providências haviam sido tomadas, e quando eu estava descendo eu vi o técnico Felipão fazendo alguns gestos para a torcida, todo mundo ficou revoltado com essa situação”, afirmou Segurado, em entrevista à RÁDIO 730.

“E de repente ele desceu, com gelo na cabeça simulando que havia sido agredido pela torcida e foi falar com o árbitro e eu falei que era mentira, que aquilo não aconteceu e que inclusive ele era o responsável por um certo tumulto que foi criado ali atrás pelos gestos que ele fez pra torcida”, alegou o dirigente. Alertado pelos comentaristas da RÁDIO 730 de que uma imagem de uma emissora de televisão mostra o momento em que Felipão foi atingido, Marcelo Segurado disse que estava tentando fazer com que foi o treinador palmeirense quem criou a situação.

“Ele fez os sinais, isso que revoltou a torcida. Ele que iniciou esse tumulto, ele que provocou. Então ele não tem o direito de descer e tentar jogar a arbitragem contra o Goiás, uma vez que eu estava ali assegurando que todas as medidas estavam sendo tomadas”, atacou o diretor. De acordo com Segurado, a discussão entre os dois também foi iniciada pelo comandante do porco, mas não houve maiores agressões, que foram evitadas pelas pessoas que estavam no local na hora.

“Esse cidadão destemperado que eu não sei como alcançou essa repercussão em nível mundial, nacional, como um técnico, mas como pessoa é um destemperado, aí ele simplesmente achou no direito de gritar, jogou um copo em mim, e veio para o meu lado, e ninguém tem sangue de barata, eu reagi”, revelou o diretor, que disse ainda que o incidente envolvendo o torcedor que atirou o rádio no campo está sob controle do clube esmeraldino.

“Todas as medidas foram tomadas, nós temos as provas, temos todas as coisas, temos certeza que foi uma coisa corriqueira, o que não é corriqueiro é um cidadão do nome dele, da importância dele no futebol, ter uma atitude como a que ele teve”, garantiu. A reportagem da RÁDIO 730 procurou o técnico palmeirense para comentar sobre o assunto, entretanto ele não quis se manifestar.